O ex-presidente americano Donald Trump volta a comparecer à Justiça, nesta quinta-feira (13), para ser interrogado em um caso de fraude em sua empresa Trump Organization, uma semana após seu indiciamento em outro processo criminal.

Neste caso civil, a procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, está instaurando um processo contra Donald Trump e três de seus filhos, dos quais reclama 250 milhões de dólares (em torno de 1,22 bilhão de reais) por supostas fraudes fiscais e financeiras na avaliação dos ativos do grupo.

"Estou indo para o centro (de Nova York) para me encontrar com uma racista que vazou que estarei lá às 9h30", escreveu Trump sobre a procuradora, uma democrata afro-americana eleita nas urnas.

Consultados na semana passada pela AFP, os serviços da procuradora-geral não confirmaram esta audiência, que poderá acontecer em seus gabinetes.

A procuradora já havia interrogado Trump sob juramento em agosto passado. O julgamento está previsto para começar em 2 de outubro de 2023.

O ex-presidente, que aspira a voltar à Casa Branca nas eleições de 2024, qualificou o caso de "ridículo", "igual ao resto dos casos de interferência eleitoral dos quais sou objeto".

James acusa o magnata republicano de 76 anos e seus três filhos de terem manipulado "deliberadamente" os ativos do grupo – que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades – para obterem empréstimos bancários mais vantajosos, ou para reduzirem impostos.

Este caso é diferente do processo criminal, em que ele foi indiciado na semana passada. Neste último, foi acusado de 34 crimes por suposta fraude contábil e fiscal para ocultar um pagamento a uma atriz pornô feito para comprar seu silêncio na reta final das eleições de 2016. O objetivo era evitar que viesse a público um suposto relacionamento entre ambos dez anos antes, o que Trump sempre negou.