Fonte: Agência Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou decretos que permitem o “alívio das limitações quantitativas” das importações de aço e alumínio de vários países. A expectativa é que a medida favoreça também o Brasil.

O documento - denominado “Proclamação presidencial ajustando as importações de aço nos Estados Unidos”- é extenso, reúne 25 itens, e detalha os procedimentos. Está publicado no site da Casa Branca.

Trump assinou decretos que permitem o “alívio das limitações quantitativas” das importações de aço e alumínio de vários países (JIM LO SCALZO/EFE/Direitos Reservados)

A divulgação dos decretos ocorreu na noite de ontem (29).

Pelas novas normas, companhias norte-americanas que negociarem aço do Brasil não vão precisar pagar 25% a mais sobre o preço original desde que provem que há ausência de matéria-prima no mercado interno. O alerta está logo no início do documento.

Guerra

Os Estados Unidos e a China travam uma intensa guerra comercial com impactos nas negociações globais, sendo que o aço também está no centro da disputa. No começo do ano, Trump impôs tarifa de importação de 25% ao aço e 10% ao alumínio.

Na ocasião a indústria brasileira reagiu à decisão do governo norte-americano informando que não havia justificativa legal. O Brasil está entre os principais fornecedores de aço e ferro para os Estados Unidos.

Articulações

As mudanças por parte do governo do Trump resultam da pressão interna dos empresários norte-americanos, informando que os percentuais de importação prejudicavam a economia.

Assim, no texto, o presidente alega questões de segurança nacional para as alterações realizadas.

“À luz de minhas determinações, considerei ser necessário e apropriado, diante dos nossos interesses de segurança nacional, fazer quaisquer ajustes correspondentes à tarifa e às cotas impostas pelas proclamações anteriores”, justificou.

Trump ressalta as motivações para adotar as medidas “à luz destas circunstâncias e depois de considerar o impacto sobre a economia e os objetivos de segurança nacional”.