Ex-aluno abriu fogo em uma escola em Parkland, na Flórida e foi preso. Há feridos em estado grave. O consulado brasileiro em Miami informou que há alunos brasileiros na escola, mas nenhum entre os feridos e vítimas


Um tiroteio na tarde desta quarta-feira em uma escola em Parkland, na Flórida, Estados Unidos, deixou 17 mortos. O atentado foi informado à polícia por volta de 15h no horário local (18h no horário brasileiro de verão).
A polícia divulgou a identidade do suspeito, o ex-aluno da escola Nikolaus Cruz, de 19 anos, que foi preso. O jovem é relatado por colegas como um aluno problemático e que foi expulso da escola por motivos disciplinares. De acordo com a polícia, ele teria agido sozinho. Imagens da TV, captadas de um helicóptero mostraram um homem jovem sendo conduzido algemado por agentes para dentro de uma delegacia policial.
De acordo com o chefe de Polícia, o suspeito tinha muitos carregadores de munição para armas semiautomáticas. "Pensamos que tinha um fuzil AR-15. Não sei se possuía um segundo fuzil".
"É uma situação horrível", disse um funcionário da escola à imprensa, reunida perto da escola. É "um dia horrível para todos nós", acrescentou.

Segundo o xerife do condado, Scott Israel, 12 pessoas foram mortas dentro da escola; 2 fora do prédio; 1 em uma rua próxima e 2 morreram no hospital. Além das vítimas confirmadas, as autoridades afirmaram que há outros jovens feridos em hospitais, alguns em estado grave. A CBS News informa que de 20 a 50 pessoas ficaram feridas, e que várias foram retiradas do local em ambulâncias.
Imagens no vídeo da AFP (veja vídeo acima) mostram diversas pessoas correndo e deixando o prédio, com a ajuda da polícia e de equipes de socorro. O FBI e a polícia estão investigando quais foram as motivações para o ataque.
O incidente aconteceu na escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland, cidade no sul do estado da Flórida, entre Boca Ratón e Fort Lauderdale. Ambulâncias, caminhões de bombeiros e vários carros de polícia foram ao local.
Alerta
"Evitem a área", disse a delegacia do condado de Broward no Twitter, acrescentando que oficiais estavam trabalhando em "um incidente em curso com um atirador ativo".
"Acompanhamos a evolução desta terrível situação no condado de Broward, na Flórida, com indícios de um tiroteio em um colégio", tuitou o senador do estado, Marco Rubio.
A polícia da vizinha Coral Springs alertou que professores e estudantes ficaram "entrincheirados até a chegada da polícia".
A prefeita da cidade de Parkland, Christine Hunschofsky, disse à rede de televisão CNN que "é uma situação trágica para todos os envolvidos", e acrescentou que quando conseguiu falar com alguns dos estudantes, estes estavam "muito assustados".
Alarme
Um alarme de incêndio foi disparado por volta das 14h30 (horário local), pouco antes do final das aulas, e os tiros começaram em seguida. Um aluno, que não foi identificado, disse à emissora local WSVN 7 que na aula ouviram "o alarme de incêndio e todos pensamos que era um exercício. Mas já tínhamos feito esse exercício, então não levamos o aviso a sério".
A jovem Jeiella Dodoo disse, por sua vez, que também ouviu o alarme contra incêndios e que o grupo começou a sair da escola. "Escutei uns seis disparos, e todo mundo começou a correr".
Em uma mensagem no Twitter, o presidente Donald Trump ofereceu suas condolências às famílias das vítimas.
"Nenhuma criança, professor ou qualquer outra pessoa deveria se sentir inseguro em uma escola americana", afirmou o presidente.
A escola tem cerca de 3 mil alunos de várias nacionalidades. O consulado brasileiro em Miami informou que há alunos brasileiros na escola, mas nenhum entre os feridos e vítimas. (Com agências)