A Comissão Europeia alertou sobre a onda de calor que acomete a Europa, que já provocou um forte aumento da temperatura da superfície do solo. Na quarta-feira foi registrado valores acima dos 60ºC em algumas regiões da Península Ibérica, sobretudo na província da Estremadura, na Espanha, próxima da fronteira com Portugal. Os dados foram realizados pelo Copernicus Sentinel-3, um instrumento de medição da temperatura da superfície do mar e da Terra, que pertence ao programa espacial da União Europeia. 

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) também informou que o anticiclone Cerberus, que atinge o continente, é o principal responsável pelo fenômeno, que permite com que uma zona de alta pressão proveniente do sul faça com que as temperaturas subam acima de 40°C, especialmente em boa parte da Itália. E isto ocorre após uma primavera e um início de verão já dominado por tempestades e inundações.

Já no ano passado mais de 60 mil pessoas morreram na Europa devido ao intenso calor e as autoridades advertem que este ano deverá ser ainda pior. Nesta semana em algumas cidades da Itália a superfície ultrapassou os 45°C, incluindo Roma, Nápoles, Taranto e Foggia. Ao longo das encostas leste do Monte Etna, na Sicília, muitas temperaturas já foram registradas acima de 50°C. “São esperados novos recordes europeus de temperatura nas ilhas italianas da Sicília e da Sardenha, onde as temperaturas podem chegar aos 48ºC”, comunicou a ESA.

A onda de calor que se faz sentir por toda a Europa tem registrado índices recorde de temperatura principalmente na Áustria, França, Suíça, Alemanha, Espanha e Polônia. “A temperatura mais alta da história europeia foi quebrada no dia 11 de Agosto de 2021, quando atingiu a marca de 48,8ºC na cidade italiana de Floridia, na província siciliana de Siracusa. Esse recorde pode ser ultrapassado novamente nos próximos dias”, diz a nota da ESA.