Um dos seis sobreviventes do acidente que deixou ao menos 48 mortos depois que um ônibus caiu da estrada em um precipício na costa central do Peru nesta terça-feira (2), Máximo Jimenez Vilcayaure, 24, se salvou graças a uma fuga que pode ser chamada de milagrosa.
Ao perceber que o ônibus ia cair, Vilcayaure se atirou pela janela do ônibus, caindo no chão antes que o coletivo despencasse, segundo informações do site peruano RPP Notícias.
"Por isso ele só tem alguns machucados sem gravidade e está em observação no hospital", contou Victor Viru, diretor do hospital de Chancay em que Vilcayaure foi atendido. O sobrevivente teve apenas o braço quebrado.
Após se salvar da queda do veículo, o jovem ainda teria parado um carro que passava pela estrada e pediu carona até o hospital, contou Viru ao "Canal N".
Outros cinco sobreviventes foram levados de helicóptero ao hospital Daniel Alcides Carrión, na província de Callao, e seguem em estado grave.
Queda do ônibus
De acordo com o último boletim divulgado pelas autoridades peruanas, o acidente ocorreu na "curva do diabo" da rodovia Pasamayo, a 48 km ao norte de Lima, quando o ônibus de passageiros foi atingido por um caminhão.
Ao perder o controle, o coletivo caiu em um abismo de cerca de 100 metros de profundidade.
Os primeiros indícios apontam que o acidente teria sido causado por excesso de velocidade dos dois veículos.
As autoridades peruanas planejam trazer um guindaste para levantar o ônibus e assim terminar o resgate dos corpos.
Ônibus vinha de Huacho
O ônibus viajava para Lima, procedente da cidade de Huacho, 130 km ao norte da capital. O veículo ficou virado a metros do mar após cair do alto da rodovia.
Um helicóptero da polícia levou socorristas até o local do acidente, enquanto outros desceram caminhando, ajudados por cordas. Cerca de 30 carros dos bombeiros e da Polícia chegaram ao local do acidente.
O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, escreveu no Twitter: "É muito doloroso para nós como país sofrer um acidente desta magnitude. Minha solidariedade profunda com a dor dos familiares".
María Elena Aguilar, diretora do hospital Alcides Carrión em El Callao, informou que o estabelecimento onde ela trabalha recebeu cinco feridos "politraumatizados". Quatro deles permaneciam em estado grave, enquanto um se mantém estável. Outro ferido foi levado ao hospital de Chancay.