Rádio Internacional da China - A Moody's, uma das três agências de classificação de renome internacional, baixou a classificações de crédito de dez bancos estadunidenses de pequeno e médio porte no dia 7. Ao mesmo tempo, seis grandes bancos do país, incluindo o U.S Bankcorp e o Bank of New York Mellon, foram inseridos na lista de observação de rebaixamento de classificação. Não obstante, a Moody ainda adotou uma perspectiva negativa para 11 bancos estadunidenses.

O relatório da Moody's indicou que o setor bancário dos Estados Unidos tem pela frente diversas pressões, incluindo financiamento e regulamentação inadequada, nos quais a dificuldade de financiamento é a maior crise para os bancos do país. 

Desde o início deste ano, diversos bancos estadunidenses sofreram crises devido à insolvência bancária. Os reguladores norte-americanos disponibilizaram um grande recurso financeiro para resgatar esses bancos. Segundo noticiou o Financial Times no dia 7, alguns bancos regionais dos EUA estão sobrevivendo “contando com centenas de bilhões de dólares de financiamento do governo”. 

O fenômeno reflete a vulnerabilidade do setor bancário dos EUA. Desde 2022, em resposta à inflação, o Federal Reserve continuou aumentando a taxa de juros, causando a depreciação de ativos, como títulos americanos, detidos por bancos e a extrema pressão para a operação bancária.

Questões regulatórias exacerbaram os riscos no setor bancário dos EUA. Influenciados por interesses partidários e pequenos e médios bancos, os políticos de Washington apresentaram um projeto de lei em 2018 que elevou o limite total de ativos para bancos regionais sujeitos a “escrutínio rigoroso” de US$ 50 bilhões para US$ 250 bilhões. Como resultado, 25 bancos dos EUA não precisam mais de fortes regulamentações. 

No dia 1º de agosto, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a classificação de emissor de inadimplência em longo prazo e moeda estrangeira (IDR, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de AAA para AA+.

Segundo analistas, os sinais vermelhos apresentados pelas agências internacionais de classificação para os Estados Unidos são um alerta aos políticos de Washington pela falta de capacidade de governança econômica. Quando essa crise bancária for transmitida para a economia real, não só a economia norte-americana, mas também a global poderá ficar estagnada.