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Castillo tem sido chamado de “terruco”, o que no Peru é um sinônimo de terrorista, usado pela direita para desqualificar apoiadores da esquerda. É também um termo com forte conotação racista e classista, pois é usado pejorativamente para identificar comunidades rurais e andinas.
São esses grupos populares que votaram em massa em Castillo – garantindo sua vitória ainda não oficializada. Por extensão, Castillo também é chamado de “terruco” pelos opositores de direita.
Em um país marcado profundamente por desigualdades e exclusões calcadas na questão racial, a vitória eleitoral de Castillo, um professor de origem rural e andina, representa o triunfo de um Peru marginalizado, de populações menosprezadas pelas classes ricas do país. Visto como esperança pelos grupos mais pobres do país, o socialista é entendido como uma ameaça pelos altas castas peruanas, o que fez aflorar um racismo histórico em discursos claramente violentos.
“Há uma campanha abertamente racista contra Pedro Castillo e seus apoiadores. Há de se levar em conta que o triunfo de Castillo é plebeu, popular, provinciano e andino. A parte andina do Peru votou em peso por Castillo”, afirma o sociólogo Alberto Adrianzén.
“[Este voto] também deve ser entendido como um voto contra Lima, onde Keiko Fujimori obteve o apoio de mais de 60% dos eleitores. É por isso que tem aparecido grupos abertamente racistas, com bandeiras fascistas, dizendo que vão matar os comunistas”, completa o sociólogo.
País aguarda resultado há três semanas
Desde 11 de junho, quando Castillo reivindicou vitória nas eleições presidenciais, Keiko Fujimori, sua oponente, têm denunciado uma suposta fraude e pedido a anulação do pleito. A Missão de Observação Eleitoral da Organização de Estados Americanos (OEA) descartou irregularidades.
“Acredito que o objetivo de inflamar o racismo é buscar, como quer a direita, um confronto contra Castillo e seus eleitores. Creio que o fujimorismo busca uma reação violenta da população”, analisa Adrianzén.
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Castillo tem sido chamado de “terruco”, o que no Peru é um sinônimo de terrorista, usado pela direita para desqualificar apoiadores da esquerda. É também um termo com forte conotação racista e classista, pois é usado pejorativamente para identificar comunidades rurais e andinas.
São esses grupos populares que votaram em massa em Castillo – garantindo sua vitória ainda não oficializada. Por extensão, Castillo também é chamado de “terruco” pelos opositores de direita.
Em um país marcado profundamente por desigualdades e exclusões calcadas na questão racial, a vitória eleitoral de Castillo, um professor de origem rural e andina, representa o triunfo de um Peru marginalizado, de populações menosprezadas pelas classes ricas do país. Visto como esperança pelos grupos mais pobres do país, o socialista é entendido como uma ameaça pelos altas castas peruanas, o que fez aflorar um racismo histórico em discursos claramente violentos.
“Há uma campanha abertamente racista contra Pedro Castillo e seus apoiadores. Há de se levar em conta que o triunfo de Castillo é plebeu, popular, provinciano e andino. A parte andina do Peru votou em peso por Castillo”, afirma o sociólogo Alberto Adrianzén.
“[Este voto] também deve ser entendido como um voto contra Lima, onde Keiko Fujimori obteve o apoio de mais de 60% dos eleitores. É por isso que tem aparecido grupos abertamente racistas, com bandeiras fascistas, dizendo que vão matar os comunistas”, completa o sociólogo.
País aguarda resultado há três semanas
Desde 11 de junho, quando Castillo reivindicou vitória nas eleições presidenciais, Keiko Fujimori, sua oponente, têm denunciado uma suposta fraude e pedido a anulação do pleito. A Missão de Observação Eleitoral da Organização de Estados Americanos (OEA) descartou irregularidades.
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