Uma revolta popular provocou a depredação de vários templos da igreja e a morte de um adolescente em São Tomé e Príncipe, um dos 23 países africanos onde a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) está presente. Os conflitos começaram após prisão de um pastor na Costa do Marfim. Ele teria denunciado abusos da igreja contra africanos; em reação, manifestantes depredaram templos da Universal em São Tomé e Príncipe. Os relatos foram publicados na BBC News.

A Iurd denunciou as mensagens à polícia marfinense e afirmou que os textos continham "mentiras absurdas e calúnias" sobre a igreja, divulgados por aplicativos de conversas e por um perfil falso no Facebook. O são-tomense preso, Ludumilo da Costa Veloso, virou pastor da Universal em seu país natal, mas foi transferido há 14 anos para a Iurd da Costa do Marfim. 

 

Os textos atribuídos ao pastor acusavam a Iurd de privilegiar pastores brasileiros e discriminar clérigos africanos. De acordo com os posts, a Universal impedia muitos pastores africanos de se casar ou os obrigava a fazer vasectomia para não terem filhos, assim, poderiam se dedicar integralmente à igreja

Em depoimento à polícia, Veloso admitiu a autoria das mensagens. A defesa do pastor diz que ele é inocente e foi induzido a assumir a responsabilidade na expectativa de ser solto.