O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu neste sábado (23) como um "ato terrorista selvagem" o ataque do dia anterior contra uma sala de concertos em Moscou, que deixou pelo menos 115 mortos, e afirmou que os detidos quiseram fugir para a Ucrânia.

Em um discurso televisivo, Putin afirmou que os quatro agressores detidos por este ataque tentaram fugir para a Ucrânia e prometeu que todos os responsáveis serão "punidos" e "não terão um destino invejável". 

Os suspeitos detidos, disse ele, "se dirigiam para a Ucrânia onde, de acordo com dados preliminares [dos investigadores], foi preparada uma 'janela' para eles atravessarem a fronteira". 

Putin apoiou assim a versão apresentada pouco antes pelos seus serviços de segurança, o FSB. Em nenhum momento do seu discurso ele mencionou a reivindicação do grupo jihadista Estado Islâmico, transmitida na noite de sexta-feira.

A Ucrânia, por sua vez, negou qualquer envolvimento no ataque. 

Putin denunciou o ataque como um ato de "terrorismo selvagem" e declarou um dia de luto nacional no domingo, no seu primeiro discurso desde o ataque.

Homens armados, quatro segundo as autoridades, abriram fogo e depois incendiaram o Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, pouco antes de um show.