A acusação contra Derek Chauvin, que se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd por 8 minutos durante uma abordagem, foi elevada para um assassinato em segundo grau (numa escala de três), de acordo com documentos obtidos do tribunal.

Os outros três policiais são investigados por ajudar e favorecer o assassinato, afirmam os documentos.

A morte de Floyd despertou uma grande onda de protestos contra o racismo e a violência policial contra negros.

A grande maioria dos protestos nos últimos oito dias foram pacíficos, mas alguns se tornaram violentos, com depredações e confrontos. Diversas cidades dos EUA decretaram toques de recolher para evitar que as pessoas saíssem às ruas.


Derek Chauvin inicialmente foi acusado de homicídio em terceiro grau - na lei americana, um equivalente ao que a lei brasileira define como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

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A morte de Floyd gerou uma onda de protestos nos Estados Unidos, sob o slogan "Vidas Negras Importam" /AFP

 


A senadora eleita por Minnesota Amy Klobuchar disse no Twitter que as novas acusações são "outro passo importante para que se faça justiça".

Mas o advogado da família Floyd, Benjamin Crump, disse à CNN que acredita que a acusação contra Derek Chauvin deveria ser assassinato em primeiro grau. Ele disse, porém, que a família foi informada de que a investigação estava em andamento e as acusações poderiam mudar novamente.

O que significam essas acusações?


O assassinato em primeiro e segundo graus, de acordo com a lei de Minnesota, exige provas de que o réu tinha a intenção de matar. O primeiro grau na maioria dos casos também requer premeditação, sendo o segundo grau mais relacionado a crimes passionais.

Uma condenação por assassinato em terceiro grau significa que o réu não tinha a intenção de matar a vítima, mas que apenas que suas ações eram perigosas e foram realizadas sem levar em conta a vida humana.