array(31) {
["id"]=>
int(147902)
["title"]=>
string(73) "Protesto na França leva milhares às ruas contra reforma da Previdência"
["content"]=>
string(4104) "SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Centenas de milhares de pessoas protestaram novamente em toda a França neste sábado (11), para manter a pressão sobre os planos do governo de reformar a previdência, incluindo uma medida para aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. Os sindicatos esperam igualar o comparecimento em massa de 19 de janeiro, quando mais de um milhão de pessoas marcharam contra a proposta de reforma. A ideia é atrair pessoas de todas as idades para mostrar ao governo que a raiva contra o projeto é profunda.
"Se eles não são capazes de ouvir o que está acontecendo nas ruas e não são capazes de perceber o que está
acontecendo com as pessoas, bem, eles não devem se surpreender que isso exploda em algum momento", disse à
agência Reuters Delphine Maisonneuve, uma enfermeira de 43 anos.
Os franceses passam o maior número de anos aposentados entre os países da OCDE (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico), um benefício que, segundo pesquisas de opinião, a maioria das pessoas reluta em abrir mão.
Para o presidente Emmanuel Macron, a reforma é "vital" para garantir a viabilidade do sistema previdenciário.
Na cidade de Tours, no centro-oeste, onde a participação parecia substancialmente maior do que em meados de
janeiro, o bombeiro Anthony Chauveau, de 40 anos, disse à Reuters que se opor à reforma era crucial porque as
dificuldades de seu trabalho simplesmente não estavam sendo levadas em consideração.
"Eles estão nos dizendo que precisaremos trabalhar mais dois anos. Nossa expectativa de vida é menor do que a
maioria dos trabalhadores."
Os protestos pacíficos em Paris foram parcialmente prejudicados por confrontos menores. Um carro e algumas
latas de lixo foram incendiados e as forças policiais usaram gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral na
tentativa de dispersar alguns dos manifestantes mais radicais.
Em uma declaração conjunta antes das marchas deste sábado, todos os principais sindicatos pediram que o governo retirasse o projeto de lei. Eles alertaram que tentariam paralisar a França a partir de 7 de março se suas exigências não fossem atendidas. Uma nova greve está marcada para 16 de fevereiro.
"Se o governo continuar surdo, o grupo intersindical pedirá que a França seja fechada", disseram. Os protestos são os primeiros em um final de semana, quando os trabalhadores não precisam fazer greve ou tirar folga. Eles acontecem após a primeira semana de debate sobre a legislação previdenciária no Parlamento.
A oposição sugeriu milhares de emendas para complicar o debate e, finalmente, tentar forçar o governo a aprovar o projeto de lei sem votação parlamentar, por decreto, uma medida que poderia prejudicar o restante do mandato de Macron, reeleito em abril de 2022 por cinco anos. Aumentar a idade de aposentadoria em dois anos e estender o período de contribuição renderia 17,7 bilhões de euros adicionais em contribuições anuais para pensões, permitindo que o sistema chegasse ao ponto de equilíbrio até 2027, segundo estimativas do Ministério do Trabalho. Os sindicatos dizem que há outras maneiras de fazer isso, como tributar os super-ricos ou pedir aos empregadores ou pensionistas abastados que contribuam mais.
"
["author"]=>
string(6) "Minas1"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(600800)
["filename"]=>
string(20) "francesesnasruas.jpg"
["size"]=>
string(6) "739316"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(20) "puliticas/politicaa/"
}
["image_caption"]=>
string(17) " © Getty Images"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(163) "Os sindicatos esperam igualar o comparecimento em massa de 19 de janeiro, quando mais de um milhão de pessoas marcharam contra a proposta de reforma.
"
["author_slug"]=>
string(6) "minas1"
["views"]=>
int(77)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(70) "protesto-na-franca-leva-milhares-as-ruas-contra-reforma-da-previdencia"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-02-11 19:34:59.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-02-12 15:56:54.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2023-02-12T16:00:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(40) "puliticas/politicaa/francesesnasruas.jpg"
}
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Centenas de milhares de pessoas protestaram novamente em toda a França neste sábado (11), para manter a pressão sobre os planos do governo de reformar a previdência, incluindo uma medida para aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. Os sindicatos esperam igualar o comparecimento em massa de 19 de janeiro, quando mais de um milhão de pessoas marcharam contra a proposta de reforma. A ideia é atrair pessoas de todas as idades para mostrar ao governo que a raiva contra o projeto é profunda.
"Se eles não são capazes de ouvir o que está acontecendo nas ruas e não são capazes de perceber o que está
acontecendo com as pessoas, bem, eles não devem se surpreender que isso exploda em algum momento", disse à
agência Reuters Delphine Maisonneuve, uma enfermeira de 43 anos.
Os franceses passam o maior número de anos aposentados entre os países da OCDE (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico), um benefício que, segundo pesquisas de opinião, a maioria das pessoas reluta em abrir mão.
Para o presidente Emmanuel Macron, a reforma é "vital" para garantir a viabilidade do sistema previdenciário.
Na cidade de Tours, no centro-oeste, onde a participação parecia substancialmente maior do que em meados de
janeiro, o bombeiro Anthony Chauveau, de 40 anos, disse à Reuters que se opor à reforma era crucial porque as
dificuldades de seu trabalho simplesmente não estavam sendo levadas em consideração.
"Eles estão nos dizendo que precisaremos trabalhar mais dois anos. Nossa expectativa de vida é menor do que a
maioria dos trabalhadores."
Os protestos pacíficos em Paris foram parcialmente prejudicados por confrontos menores. Um carro e algumas
latas de lixo foram incendiados e as forças policiais usaram gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral na
tentativa de dispersar alguns dos manifestantes mais radicais.
Em uma declaração conjunta antes das marchas deste sábado, todos os principais sindicatos pediram que o governo retirasse o projeto de lei. Eles alertaram que tentariam paralisar a França a partir de 7 de março se suas exigências não fossem atendidas. Uma nova greve está marcada para 16 de fevereiro.
"Se o governo continuar surdo, o grupo intersindical pedirá que a França seja fechada", disseram. Os protestos são os primeiros em um final de semana, quando os trabalhadores não precisam fazer greve ou tirar folga. Eles acontecem após a primeira semana de debate sobre a legislação previdenciária no Parlamento.
A oposição sugeriu milhares de emendas para complicar o debate e, finalmente, tentar forçar o governo a aprovar o projeto de lei sem votação parlamentar, por decreto, uma medida que poderia prejudicar o restante do mandato de Macron, reeleito em abril de 2022 por cinco anos. Aumentar a idade de aposentadoria em dois anos e estender o período de contribuição renderia 17,7 bilhões de euros adicionais em contribuições anuais para pensões, permitindo que o sistema chegasse ao ponto de equilíbrio até 2027, segundo estimativas do Ministério do Trabalho. Os sindicatos dizem que há outras maneiras de fazer isso, como tributar os super-ricos ou pedir aos empregadores ou pensionistas abastados que contribuam mais.