O primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh, apresentou sua carta de demissão ao presidente da Autoridade Nacional da Palestina, Mahmoud Abbas.

Shtayyeh alegou que uma das causas é a impossibilidade de virem a ser reconhecidos dois Estados. Abbas terá de indicar um novo chefe do Governo para a região. 
 
"Apresentei a demissão do governo ao presidente no dia 20 de fevereiro e a submeto hoje por escrito", disse Shtayyeh, acrescentando que a decisão ocorre à luz dos fatos relacionados com a agressão contra a Faixa de Gaza e a escalada da violência na Cisjordânia ocupada e Jerusalém. "A próxima etapa exige novas medidas governamentais e políticas que levem em consideração a nova realidade na Faixa de Gaza e a necessidade urgente de um consenso interpalestino", declarou.
 
No entanto, segundo o jornal The Jerusalem Post, a renúncia de Shtayyeh já era esperada e faz parte de um plano para que seja formado um novo governo tecnocrata profissional, cuja missão será reconstruir e restaurar a segurança na Faixa de Gaza assim que o conflito terminar. 

A demissão também foi anunciada após países do Oriente Médio e algumas nações do Ocidente apelarem por uma reforma da Autoridade Palestina que, a longo prazo, poderá vir a ficar à frente do governo da atual Cisjordânia ocupada e ainda da Faixa de Gaza.
 
De acordo com a agência de notícias Wafa, desde o inicio da guerra ente Israel e o Hamas já foram presos 7.255 palestinos na Cisjordânia, além de inúmeras vítimas fatais, entre as quais mulheres e crianças. Em Gaza, o novo balanço de mortos em ataques israelitas chegou a 29.782 e 70.043 feridos.