A Polícia norueguesa anunciou, nesta terça-feira, (8), que arquivou a investigação sobre a indicação fraudulenta do presidente americano, Donald Trump, ao Prêmio Nobel da Paz, porque não conseguiu identificar o autor dessa falsa candidatura.
Em fevereiro, o Instituto Nobel norueguês apresentou uma denúncia à Polícia, após ter recebido uma indicação, "certamente fraudulenta", do presidente Trump ao prestigioso prêmio.
As suspeitas se centravam em um delito de falsidade ideológica com o objetivo de dar legitimidade à candidatura.
Como acontece todos os anos, as candidaturas ao Nobel da paz deveriam ser depositadas antes de 31 de janeiro. Apenas algumas personalidades estão habilitadas a propor nomes (parlamentares, ministros, ex-premiados, alguns professores de universidade, entre outros).
"Mas o caso foi arquivado, porque a Polícia não tem informação sobre o culpado", declarou à AFP Tone Bysting, da Polícia de Oslo.
"Não conseguimos encontrar a identidade (real) do autor) dessa indicação claramente fraudulenta", acrescentou.
Embora a candidatura de Trump tenha sido descartada para este ano, pode ser apresentada para a próxima edição, depois que 18 congressistas republicanos propuseram o presidente americano para o Nobel 2019, em reconhecimento de "seu trabalho incansável para levar a paz ao mundo", indicaram.
Depois da cúpula histórica com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, também considerou, no final de abril, que Trump merecia o prêmio Nobel da Paz por seus esforços para obter a desnuclearização da Coreia do Norte.
O Instituto Nobel disse ter recebido este ano 329 candidaturas válidas para o Nobel da Paz, incluindo aquelas antecipadas pelos cinco membros do comitê que atribui o prêmio, também autorizados a propor nomes na primeira reunião anual, realizada em fevereiro.