PANDEMIA

O Peru anunciou nesta quinta-feira que enfrenta o pico da segunda onda da pandemia de corononavírus, e declarou como "bem público" a distribuição gratuita de máscaras entre a população mais vulnerável, no momento em que são registrados mais de 300 óbitos por dia no país.


"E realmente terrível o que está acontecendo no nosso país e em outros países da região, alguns dos quais se encontram em situação pior do que a nossa", declarou o presidente interino, Francisco Sagasti, em Ayacucho, para onde viajou com o objetivo de entregar 44 mil doses da vacina AstraZeneca, enquanto o país inicia uma campanha de imunização em massa de idosos.


O plano de vacinação, que começou em fevereiro, avança lentamente, devido à falta de doses. "O mais importante aqui em casa é que minha mãe está vacinada", disse à AFP Milagros Cavero, 54, moradora de Lima.


Um total de 559 mil pessoas já receberam as duas doses no Peru, o que representa 1,7% dos 33 milhões de habitantes, segundo o Ministério da Saúde. O país recebeu cerca de 2 milhões de doses de vacinas, 1 milhão delas da Sinopharm e o restante, da AstraZeneca e Pfizer.


Paralelamente, o governo determinou que a máscara, de uso obrigatório, será um "bem público". O objetivo é concretizar uma compra em massa, para distribuir o equipamento gratuitamente a populações carentes. Também foi implementado a partir da semana que vem o uso obrigatório de uma máscara facial transparente adicional à comum para a entrada em lojas e mercados, ante o aumento dos casos, impulsionado pela variante com origem no Brasil. 


O último número diário de mortos pela Covid-19 no Peru (307) elevou o acumulado a 58.261 em 13 meses de pandemia, enquanto o total de infectados supera 1,7 milhão.