Nesta quinta-feira (19), o Parlamento Europeu reconheceu o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia como o presidente legítimo e democraticamente eleito da Venezuela. A votação contou com 309 votos a favor e 201 contra, além de 12 abstenções.

A maioria dos eurodeputados condenou a fraude eleitoral impetrada pelo Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo regime de Nicolás Maduro e, apontaram que as eleições presidenciais de julho no país não respeitaram os padrões internacionais em termos de integridade eleitoral. No entanto, a aprovação da resolução não tem poder vinculativo. 

O Parlamento Europeu também instou a União Europeia e seus membros a reconhecerem Urrutia como presidente legítimo da Venezuela e fazerem tudo o que for possível para que o opositor possa tomar posse a 10 de janeiro de 2025.

“Nós, venezuelanos, queremos a mesma coisa que os europeus: viver em liberdade e democracia. Como presidente eleito, agradeço ao Parlamento Europeu por este reconhecimento que me transcende; é o reconhecimento da vontade soberana do povo da Venezuela e a voz estrondosas de uma maioria que exige o respeito pela verdade”, agradeceu Urrutia na rede social X, que ainda escreveu uma mensagem aos venezuelanos. “A comunidade internacional continua a aumentar o seu apoio à vontade soberana do nosso povo”.

Mas, o texto foi criticado pela ala esquerda e centrista como um conluio entre a direita e a extrema-direita.