Os deputados do Parlamento de Israel não chegaram a um acordo sobre o Orçamento do país até a 0h desta terça-feira (22). Por causa do impasse, o Parlamento foi dissolvido e, por consequência, acabou o governo de coalizão entre os partidos do premiê, Benjamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Benny Gantz. O país do Oriente Médio fará uma nova eleição em 23 de março, sendo a quarta em menos de dois anos.

Leia abaixo a reportagem da Reuters:

Israel irá realizar mais uma eleição antecipada, em março, após o Parlamento fracassar, nesta terça-feira, em cumprir o prazo máximo para a aprovação do Orçamento, o que provocou um pleito que apresentará novos desafios para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
 
A campanha para a quarta eleição parlamentar em dois anos começa com Netanyahu enfrentando o clamor do público por conta de sua condução da pandemia de coronavírus, enquanto ele ainda está envolvido em um julgamento por corrupção -- o primeiro contra um primeiro-ministro israelense.

O líder israelense há mais tempo no poder também terá de enfrentar um novo rival de direita, Gideon Saar, um desertor do partido de Netanyahu, o Likud, e que, segundo uma pesquisa de opinião divulgada pelo canal de TV Kan nesta terça-feira, o mostrava empatado com Netanyahu nas intenções de voto.


Netanyahu, que negou ter participado de qualquer irregularidade criminal, e o atual ministro da Defesa do país, o político de centro Benny Gantz, estabeleceram um governo de união em maio após três eleições inconclusivas realizadas desde abril de 2019.

Mas, desde então, os dois estão travados em uma disputa sobre a aprovação do Orçamento nacional, chave para a implementação de um acordo no qual Gantz assumiria o governo de Netanyahu em novembro de 2021.

O presidente do Parlamento declarou sua dissolução na noite de terça-feira em uma sessão transmitida ao vivo pela televisão, dizendo que uma eleição antecipada seria então automaticamente provocada pelo fracasso na aprovação do orçamento.