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O papa Francisco fez um apelo à acolhida de migrantes, neste domingo(30), em uma missa ao ar livre em Budapeste, com a presença de milhares de pessoas, no terceiro e último dia de sua visita à Hungria.
"Por favor, abramos as portas!", pediu o papa, defensor do acolhimento aos refugiados, diante de um grande público e na presença do primeiro-ministro húngaro, o nacionalista Viktor Orbán, que defende uma linha dura contra os migrantes.
"É triste e dói ver as portas fechadas: as portas fechadas do nosso egoísmo para com quem caminha conosco todos os dias (...), as portas fechadas da nossa indiferença para com os que estão mergulhados no sofrimento e na pobreza”, afirmou.
Ao longo de sua visita à Hungria, Francisco fez um discurso crítico sobre a política de Orbán, que justifica sua oposição ao acolhimento de migrantes ou refugiados defendendo a “civilização cristã”.
O pontífice argentino havia pedido na véspera "erradicar os males da indiferença" durante um encontro com refugiados, em sua maioria ucranianos.
"Cumpramos com nossa missão cristã"
O papa chegou por volta das 9h locais(4h no horário de Brasília), a bordo de seu "papamóvel", à praça central de Kossuth Lajos, na capital húngara.
Desde as primeiras horas da manhã, os fiéis começaram a se aglomerar, sob um sol de primavera, em meio a um forte dispositivo de segurança. Cerca de 50.000 pessoas estiveram presentes, segundo a assessoria de imprensa do Vaticano.
"É algo único, fascinante, ver o papa tão de perto", disse à AFP Levente Kiss, um estudante húngaro de 21 anos, elogiando "o apelo do papa em apoiar os refugiados, especialmente aqueles que fogem da guerra na Ucrânia".
“Embora sua opinião nem sempre corresponda à de diferentes organizações ou do governo, é importante que, além dos discursos políticos, cumpramos nossa missão cristã”, disse o jovem.
A guerra na Ucrânia - país que faz fronteira com a Hungria - também foi um dos temas centrais desta segunda visita do papa em menos de dois anos a este país da Europa Central.
Em mais um apelo do papa para buscar a paz na Ucrânia, ele denunciou a ascensão do nacionalismo e pediu "recuperar a alma europeia".
Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, mais de dois milhões de ucranianos transitaram por solo húngaro, embora apenas 35 mil tenham solicitado o status de “proteção temporária” implementado pela União Europeia (UE), segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).
A posição ambígua de Orbán em relação ao conflito não os encoraja a permanecer na Hungria.
Reunião com opositor
Em um encontro que não foi anunciado no programa da sua visita, o papa reuniu-se na tarde de sábado com o prefeito de Budapeste, Gergely Karácsony, um ferrenho opositor de Orbán.
Ele também se reuniu com o metropolita Hilarion, o ex-chefe de relações exteriores da Igreja Ortodoxa, destituído por sua relutância em relação à invasão russa da Ucrânia.
Um mês após sua internação por bronquite, Francisco parecia bem.
O argentino é o segundo pontífice a visitar a Hungria, depois de João Paulo II em 1991 e 1996.
Apesar da idade avançada e das dores no joelho que o obrigam a deslocar-se com bengala ou cadeira de rodas, prevê visitar Lisboa em agosto e Marselha (França) em setembro, além da Mongólia.
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"Por favor, abramos as portas!", pediu o papa, defensor do acolhimento aos refugiados, diante de um grande público e na presença do primeiro-ministro húngaro, o nacionalista Viktor Orbán, que defende uma linha dura contra os migrantes.
"É triste e dói ver as portas fechadas: as portas fechadas do nosso egoísmo para com quem caminha conosco todos os dias (...), as portas fechadas da nossa indiferença para com os que estão mergulhados no sofrimento e na pobreza”, afirmou.
Ao longo de sua visita à Hungria, Francisco fez um discurso crítico sobre a política de Orbán, que justifica sua oposição ao acolhimento de migrantes ou refugiados defendendo a “civilização cristã”.
O pontífice argentino havia pedido na véspera "erradicar os males da indiferença" durante um encontro com refugiados, em sua maioria ucranianos.
"Cumpramos com nossa missão cristã"
O papa chegou por volta das 9h locais(4h no horário de Brasília), a bordo de seu "papamóvel", à praça central de Kossuth Lajos, na capital húngara.
Desde as primeiras horas da manhã, os fiéis começaram a se aglomerar, sob um sol de primavera, em meio a um forte dispositivo de segurança. Cerca de 50.000 pessoas estiveram presentes, segundo a assessoria de imprensa do Vaticano.
"É algo único, fascinante, ver o papa tão de perto", disse à AFP Levente Kiss, um estudante húngaro de 21 anos, elogiando "o apelo do papa em apoiar os refugiados, especialmente aqueles que fogem da guerra na Ucrânia".
“Embora sua opinião nem sempre corresponda à de diferentes organizações ou do governo, é importante que, além dos discursos políticos, cumpramos nossa missão cristã”, disse o jovem.
A guerra na Ucrânia - país que faz fronteira com a Hungria - também foi um dos temas centrais desta segunda visita do papa em menos de dois anos a este país da Europa Central.
Em mais um apelo do papa para buscar a paz na Ucrânia, ele denunciou a ascensão do nacionalismo e pediu "recuperar a alma europeia".
Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, mais de dois milhões de ucranianos transitaram por solo húngaro, embora apenas 35 mil tenham solicitado o status de “proteção temporária” implementado pela União Europeia (UE), segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).
A posição ambígua de Orbán em relação ao conflito não os encoraja a permanecer na Hungria.
Reunião com opositor
Em um encontro que não foi anunciado no programa da sua visita, o papa reuniu-se na tarde de sábado com o prefeito de Budapeste, Gergely Karácsony, um ferrenho opositor de Orbán.
Ele também se reuniu com o metropolita Hilarion, o ex-chefe de relações exteriores da Igreja Ortodoxa, destituído por sua relutância em relação à invasão russa da Ucrânia.
Um mês após sua internação por bronquite, Francisco parecia bem.
O argentino é o segundo pontífice a visitar a Hungria, depois de João Paulo II em 1991 e 1996.
Apesar da idade avançada e das dores no joelho que o obrigam a deslocar-se com bengala ou cadeira de rodas, prevê visitar Lisboa em agosto e Marselha (França) em setembro, além da Mongólia.