CRUELDADE

Duas orcas e doze golfinhos continuam confinados no Marineland Antibes, na França, desde janeiro de 2025, quando o parque foi fechado. O grupo ativista TideBreakers divulgou imagens dos animais "nadando sem rumo" nas instalações abandonadas.

O fechamento do parque aquático, localizado próximo a Cannes, ocorreu após a implementação de uma legislação aprovada em 2021 pelo governo francês, que proíbe apresentações com cetáceos. As autoridades francesas rejeitaram todas as tentativas de transferência dos animais para outros países.

Os animais afetados são Wikie, uma orca de 23 anos, e seu filho Keijo, de 11 anos, além de 12 golfinhos. As imagens divulgadas mostram os cetáceos em piscinas infestadas de algas.

A situação se complicou porque as autoridades não conseguiram identificar um local adequado na Europa para abrigar as orcas. Propostas de transferência para o Japão e Canadá foram vetadas pelo governo francês, que considerou a viagem para o Canadá muito extenuante para os animais. Uma alternativa de realocação para um aquário em Tenerife, na Espanha, também foi descartada pelas autoridades espanholas.

Wikie e Keijo são as duas últimas orcas em cativeiro na França. Os 12 golfinhos que também permanecem no local enfrentam condições precárias, evidenciadas pelas imagens que mostram proliferação de algas nas piscinas.

Marketa Schusterova, cofundadora da TideBreakers, manifestou preocupação com a situação: "A situação no Marineland Antibes é uma emergência e precisa de atenção mundial. Estas são as duas últimas orcas em cativeiro na França e devem ser transferidas rapidamente. As orcas precisam ser removidas de condições perigosas que representam riscos significativos para sua saúde e segurança", declarou ela ao "Daily Star".

A ativista também criticou a gestão do caso: "Estamos decepcionados com a falta de planejamento e a completa má gestão desta situação por parte do proprietário do parque, o Parque Reunidos, bem como das autoridades que permaneceram em silêncio no mês passado. Ambos nasceram em cativeiro, então a opção de reabilitação e soltura na natureza é simplesmente inviável. Depois de entreter o público por anos, ainda devemos proporcionar a eles um ambiente limpo e seguro para viverem o resto dos seus anos."

Não há ainda um destino definido para os animais, já que todas as alternativas propostas foram rejeitadas. As autoridades francesas buscam soluções para a transferência dos cetáceos.