As agências das Nações Unidas estão preparadas para enviar uma ajuda de urgência à Venezuela sempre e quando o governo estiver de acordo, como indicou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
O líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por 40 países, pede uma ajuda urgente para a Venezuela.
"É urgente aumentar a ajuda humanitária", afirmou à AFP um porta-voz da ONU em Genebra.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Pan-americana da Saúde, parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), estão presentes na Venezuela, mas implementam programas de desenvolvimento ou prevenção.
"Muitas das agências da ONU estão intensificando sua assistência", disse o porta-voz.
No entanto, o Programa Mundial de Alimentos (PMA), agência encarregada de encaminhar suprimentos a países em crise ou conflito, não está presente na Venezuela, que atravessa uma grave crise econômica.
Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, tenta organizar a chegada de uma ajuda internacional para além do que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, diz.
"Em um e-mail, enviado em resposta a Guaidó em 29 de janeiro, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, declarou que as Nações Unidas estão preparadas para aumentar suas atividades na Venezuela em matéria de assistência humanitária e desenvolvimento", explicou o porta-voz da ONU.
"No entanto, acrescentou que, para isso, a ONU precisava do acordo do governo", indicou o porta-voz.

O Parlamento venezuelano, única instituição nas mãos da oposição, aprovou nesta semana um plano estratégico para a distribuição de alimentos e remédios enviados por Estados Unidos e Canadá da Colômbia e do Brasil, países que fazem fronteira com a Venezuela.