AJUDA

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciaram que disponibilizou 10 milhões de dólares para ajudar as vítimas das inundações na Líbia e evitar uma crise sanitária que possa resultar do elevado número de corpos, falta de água potável entre outros fatores. "Restabelecer rapidamente algum tipo de normalidade deve ter precedência sobre todas as outras preocupações neste momento difícil para a Líbia", afirmou Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários.

A ONU ainda vai enviar uma equipe para o país para auxiliar na coordenação da resposta internacional. 

De acordo com as autoridades líbias, as inundações provocadas pelo ciclone Daniel e o colapso de duas barragens, que atingiram o leste do país, principalmente a cidade de Derna, já causaram quase sete mil mortos e 10 mil desaparecidos, mas o número de vítimas mortais pode chegar 20 mil.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também declarou que a agência enviará dois milhões de dólares para financiar as operações de socorro na Líbia. Tedros considerou que as inundações provocaram "uma calamidade de proporções épicas" na Líbia. "O número de mortos continua a aumentar, enquanto as necessidades dos sobreviventes são cada vez mais urgentes", afirmou.

O presidente do grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, prometeu hoje que a instituição "fará tudo o que estiver ao seu alcance" para ajudar a Líbia, mas sem concretizar qualquer tipo de apoio.

Por outro lado, a Organização Meteorológica Mundial disse que a maior parte das mortes poderia ter sido evitada se o país tivesse um serviço meteorológico funcional que emitisse avisos de riscos naturais.

A Líbia está há mais de uma década dividida entre duas administrações rivais: uma no leste e outra no oeste, cada uma apoiada por diferentes milícias e países. E o conflito acentuou e aumentou infraestruturas desintegradas e inadequadas.