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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, alertou que a Faixa Gaza passa por uma catástrofe sanitária e humanitária que durarão vários anos, sendo imprescindível um aumento significativo de ajuda para atender as necessidades complexas da população da região.
Tedros apontou que a população do enclave palestino enfrenta fome, ferimentos graves, um sistema de saúde colapsado e surtos de doenças e infecções agravados pela destruição das infraestruturas de água e saneamento. "Além disso, há acesso restrito à ajuda humanitária. Esta é uma combinação muito fatal, o que torna a situação catastrófica e indescritível. Associando-se à fome com um problema de saúde mental que vemos ser generalizado, a situação se torna uma crise para as gerações futuras", enfatizou.
O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas também comunicou na terça-feira (21) que caminhões com mais de 6.700 toneladas de alimentos tinham entrado em Gaza desde 10 de outubro, mas este número ainda esta consideravelmente abaixo da meta de duas mil toneladas por dia. “600 caminhões de ajuda humanitária precisam chegar a Gaza por dia, mas a média é entre os 200 e os 300”, disse o PAM.
O chefe da OMS defende que a ajuda não deve ser transformada numa arma e apelou a Israel para que não imponha condições à entrega de apoio e permita que os grupos humanitários regressem ao território. “Não é possível ter uma resposta alargada sem aqueles que podem ajudar no terreno. Deve haver acesso total, não pode existir qualquer condição, especialmente após todos os reféns vivos terem sido libertados e uma boa parte dos restos mortais terem sido enviados. Não esperava que houvesse restrições adicionais. Todas as travessias disponíveis são necessárias para levar ajuda suficiente a Gaza", sublinhou, acrescentando que materiais destinados à recuperação do sistema de saúde, para construir hospitais de campanha, também foram confiscados na fronteira pelas autoridades israelenses.
A ONU já estimou que o custo da reconstrução de Gaza será de aproximadamente 53 bilhões de dólares, sendo que, segundo a OMS, cerca de 10% deste valor terá de ser gasto no seu sistema de saúde.
Tribunal da ONU reitera a garantia das necessidades básicas
O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) emitiu hoje um parecer que diz que Israel tem de apoiar os esforços de ajuda humanitária prestados pela ONU e tem a obrigação de garantir as necessidades básicas da população civil do enclave, incluindo os fornecimentos essenciais à sua sobrevivência, além de não pode recorrer à fome como "método de guerra". O parecer do TIJ ocorre depois das Nações Unidas ter pedido aos juízes do tribunal superior um parecer consultivo quanto às obrigações de Israel, enquanto potência ocupante.
O TIJ anunciou que possui competência para se pronunciar de modo coerente sobre as obrigações de Israel, enquanto potência ocupante dos territórios palestinos, em relação a agências humanitárias, como é o caso da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês). "O tribunal conclui que Israel não fundamentou as alegações de que uma parte significativa dos funcionários da UNRWA são membros do Hamas ou de outras facções terroristas", afirmou Yuji Iwasawa, presidente do TIJ.
A instância judicial internacional advertiu que o bloqueio substancial do apoio humanitário feito por Israel durante um período de tempo significativo já teve consequências catastróficas para a população de Gaza.
Em contrapartida, o Ministério das Relações Exteriores israelense rejeitou terminantemente as conclusões do tribunal e classificou o parecer sobre a UNRWA como vergonhoso. “Israel rejeita categoricamente o parecer consultivo do TIJ, que era totalmente previsível desde o início em relação à UNRWA. Esta é mais uma tentativa política de impor medidas políticas contra Israel sob o pretexto do Direito Internacional. Tel Aviv cumpre integralmente as suas obrigações ao abrigo do Direito Internacional”, diz a nota da chancelaria israelense.
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, alertou que a Faixa Gaza passa por uma catástrofe sanitária e humanitária que durarão vários anos, sendo imprescindível um aumento significativo de ajuda para atender as necessidades complexas da população da região.
Tedros apontou que a população do enclave palestino enfrenta fome, ferimentos graves, um sistema de saúde colapsado e surtos de doenças e infecções agravados pela destruição das infraestruturas de água e saneamento. "Além disso, há acesso restrito à ajuda humanitária. Esta é uma combinação muito fatal, o que torna a situação catastrófica e indescritível. Associando-se à fome com um problema de saúde mental que vemos ser generalizado, a situação se torna uma crise para as gerações futuras", enfatizou.
O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas também comunicou na terça-feira (21) que caminhões com mais de 6.700 toneladas de alimentos tinham entrado em Gaza desde 10 de outubro, mas este número ainda esta consideravelmente abaixo da meta de duas mil toneladas por dia. “600 caminhões de ajuda humanitária precisam chegar a Gaza por dia, mas a média é entre os 200 e os 300”, disse o PAM.
O chefe da OMS defende que a ajuda não deve ser transformada numa arma e apelou a Israel para que não imponha condições à entrega de apoio e permita que os grupos humanitários regressem ao território. “Não é possível ter uma resposta alargada sem aqueles que podem ajudar no terreno. Deve haver acesso total, não pode existir qualquer condição, especialmente após todos os reféns vivos terem sido libertados e uma boa parte dos restos mortais terem sido enviados. Não esperava que houvesse restrições adicionais. Todas as travessias disponíveis são necessárias para levar ajuda suficiente a Gaza", sublinhou, acrescentando que materiais destinados à recuperação do sistema de saúde, para construir hospitais de campanha, também foram confiscados na fronteira pelas autoridades israelenses.
A ONU já estimou que o custo da reconstrução de Gaza será de aproximadamente 53 bilhões de dólares, sendo que, segundo a OMS, cerca de 10% deste valor terá de ser gasto no seu sistema de saúde.
Tribunal da ONU reitera a garantia das necessidades básicas
O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) emitiu hoje um parecer que diz que Israel tem de apoiar os esforços de ajuda humanitária prestados pela ONU e tem a obrigação de garantir as necessidades básicas da população civil do enclave, incluindo os fornecimentos essenciais à sua sobrevivência, além de não pode recorrer à fome como "método de guerra". O parecer do TIJ ocorre depois das Nações Unidas ter pedido aos juízes do tribunal superior um parecer consultivo quanto às obrigações de Israel, enquanto potência ocupante.
O TIJ anunciou que possui competência para se pronunciar de modo coerente sobre as obrigações de Israel, enquanto potência ocupante dos territórios palestinos, em relação a agências humanitárias, como é o caso da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês). "O tribunal conclui que Israel não fundamentou as alegações de que uma parte significativa dos funcionários da UNRWA são membros do Hamas ou de outras facções terroristas", afirmou Yuji Iwasawa, presidente do TIJ.
A instância judicial internacional advertiu que o bloqueio substancial do apoio humanitário feito por Israel durante um período de tempo significativo já teve consequências catastróficas para a população de Gaza.
Em contrapartida, o Ministério das Relações Exteriores israelense rejeitou terminantemente as conclusões do tribunal e classificou o parecer sobre a UNRWA como vergonhoso. “Israel rejeita categoricamente o parecer consultivo do TIJ, que era totalmente previsível desde o início em relação à UNRWA. Esta é mais uma tentativa política de impor medidas políticas contra Israel sob o pretexto do Direito Internacional. Tel Aviv cumpre integralmente as suas obrigações ao abrigo do Direito Internacional”, diz a nota da chancelaria israelense.