Nesta segunda-feira (30), o diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelou pelo fim dos ataques aos hospitais na Faixa de Gaza, após as Forças de Defesa de Isael (FDI) terem atacado unidades de saúde nos últimos dias.

“Os hospitais de Gaza se tornaram mais uma vez campos de batalha e o sistema de saúde está sob grave ameaça”, afirma Tedro.

De acordo com a OMS, a vasta ofensiva lançada na última sexta-feira colocou fora de ação o hospital Kamal Adwan, a última unidade hospitalar ainda em funcionamento no norte do território palestino, devastado por mais de um ano de guerra.

O exército de Israel confirmou que atacou os hospitais al-Wafaa e Ahli na cidade de Gaza, depois de ter forçado o fechamento do hospital Kamal Adwan, em Beit Lahiya.  Segundo as FDI, ambas as instalações médicas estavam sendo usadas pelo Hamas e afirmaram ainda hoje que eliminaram cerca de 20 combatentes palestinos durante a ofensiva a um hospital no norte de Gaza.

O diretor do Hospital Kamal Adwan, Abu Safia, que as tropas militares israelenses também detiveram no recente ataque ao complexo médico, está preso em uma controversa base militar, Sde Teiman, noticiou o canal CNN Internacional. “Dois prisioneiros palestinos libertados este fim de semana disseram ter visto Safia na prisão e outro ex-prisioneiro relatou ter ouvido o nome dele citado pelas autoridades do local”, diz a emissora.

A França também condenou as operações militares israelenses que têm como alvo vários hospitais em Gaza, incluindo o Kamal Adwan, que está agora fora de serviço. O Ministério das Relações Exteriores francês expressou sua preocupação com a situação do diretor do hospital, assim como dos doentes e dos profissionais de saúde. “A França recorda a Israel a sua obrigação de respeitar o direito humanitário internacional, que prevê especificamente a proteção das infraestruturas hospitalares”, alertou o comunicado da chancelaria francesa.

 
 

 

Nas últimas 24 horas, as forças israelenses mataram pelo menos 30 pessoas e feriram dezenas.