BALANÇO


Na última semana, o número de desempregados nos Estados Unidos ultrapassava os 30 milhões. Mais 3,8 milhões de americanos solicitaram o seguro desemprego na sexta semana de isolamento social, enquanto economistas previam 3,5 milhões de pedidos. 


Na sexta-feira (8), o Departamento de Trabalho dos EUA deve divulgar os novos dados de desemprego, e a previsão é que o quadro piore. De acordo com especialistas procurados pelo Wall Street Journal, a taxa de desemprego no país deve ficar em torno de 16%, pior registro desde 1948, quado o governo passou a monitorar esses dados. 


Até março de 2020, menos de 700 mil solicitações do benefício eram registradas semanalmente desde 1967. Em sete décadas, o índice de desemprego no país nunca esteve acima de 10,8%. Em fevereiro deste ano, a taxa era a menor apresentada em 50 anos, 3,5%. 


De acordo com o relatório nacional de empregos divulgado pela ADP Research Institute, entre março e abril deste ano, mais de 20 mil vagas de emprego no setor privado foram extintas. Ainda nesta quinta-feira (7), o U.S. Bureau of Labor Statistics, escritório de estatísticas econômicas do Departamento de Trabalho do país, relatou que a produtividade de trabalho no setor empresarial não agrícola caiu 2,5% no primeiro trimestre do ano. A produção diminuiu 6,2% nos setores e as horas trabalhadas, 3,8%. 


As taxas de desemprego refletem diretamente no desenvolvimento econômico do país, que tem registrado as piores marcas desde a Grande Recessão, em 2008. O PIB dos EUA caiu em 4,8% nos três primeiros meses do ano.