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Uma parcela significativa da comunidade judaica, dentro e fora de Israel, é contra as decisões do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. Dizem que não concordam com os ataques desproporcionais a Gaza e ao povo palestino. As críticas à guerra pelos judeus por todo o mundo aumentam e crescem os apelos e manifestações por um cessar-fogo imediato.
A comunidade judaica desencadeou um movimento chamado “Not in our name” (Não em nosso nome), que visa deixar claro que não aceitam qualquer justificativa dos ataques em nome do judaísmo e, acrescentam ainda que o "Estado de Israel não representa o mundo judaico".
Na mesma perspectiva está o grupo “Voz Judaica pela Paz”, na qual as manifestações pretendem quebrar o ciclo das atrocidades étnicas e se revela como o maior protesto judaico em solidariedade com os palestinos na história dos EUA. A organização, que existe desde a década de 1960, afirma ser a maior organização judaica anti-sionista global e apoia a luta pela liberdade palestina. Desde a escalada do conflito defendem o lema “Não Em Nosso Nome” e consideram que os judeus devem se recusar a serem espectadores da injustiça.
O porta-voz e membro da Voz Judaica pela Paz, Jay Saper, já foi preso duas vezes durante protestos em Nova Iorque e Washington. “Os políticos estão alimentando o fogo do ódio. Acreditamos que isso não pode acontecer em nosso nome. Ser judeu para mim significa que não existe espaço para ser espectador em momentos de injustiça histórica”, afirma Saper.
A fundadora da Coligação Internacional Contra a Escravidão Moderna e ativista dos Direitos Humanos, a judia Lela Tolajian, também é contra a guerra no enclave. “Nós, judeus, não devemos ficar calados sobre o genocídio em Gaza. As vozes judaicas pró-palestinas não representam uma luta contra o antissemitismo porque não há nada de antissemita na oposição ao genocídio. Os movimentos judaicos progressistas consideraram o sionismo uma forma perigosa de nacionalismo. Nas escrituras do Talmud ensinam que salvar uma única vida é salvar o mundo inteiro, ordenando aos judeus de todos os lugares que lutem contra a perda de vidas em qualquer lugar.
Estes ensinamentos impulsionam o amor que tenho pela minha fé e cultura e, em simultâneo, a tristeza que sinto, sempre que vejo a destruição que o sionismo causou. Neste momento, está mais do que claro que esta não é uma luta contra o Hamas, mas sim um genocídio em curso. Israel está fazendo milhões de civis passar fome, privando-os ilegalmente de alimentos, água e medicamentos. E está destruindo sistematicamente o sistema de saúde de Gaza. Das milhares de bombas lançadas sobre Gaza, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, quase metade foram não guiadas, matando palestinos indiscriminadamente”, acusa Tolajian.
A impopularidade de Netanyahu
Um estudo recente sobre a população em Israel mostrou a redução de otimismo em relação à segurança futura e ao caráter democrático do país. O Instituto de Democracia de Israel, que fez a pesquisa em janeiro, assinalou que apenas 15% dos israelitas querem que Netanyahu permaneça no cargo após o fim da guerra contra o Hamas em Gaza. O mesmo estudo expressa que o ministro do gabinete de guerra, Benny Gantz, é nome principal nas escolhas para dirigir o país no pós-guerra. E, apesar de Gantz (Partido centrista Azul e Branco) ter entrado num governo emergencial possivelmente condenado e sendo a "antítese" e o principal adversário político de Netanyahu que segue a linha da extrema-direita, o ex-militar é considerado pragmático e moderado e, ainda é uma das figuras mais populares e respeitadas de Israel.
No entanto, a pesquisa apontou que 56% da população ainda apóiam a ofensiva militar como a melhor forma de recuperar os reféns e a melhor estratégia para eliminar o Hamas. Mas, 24% concordaram que o governo deveria libertar todos os prisioneiros palestinos detidos por Israel em troca da libertação dos reféns, mesmo que isto signifique aceitar a exigência do Hamas de parar os combates e acabar totalmente com o conflito. Para tentar restaurar o apoio interno, a única esperança de Netanyahu é continuar a guerra e tentar alcançar a “vitória total” sobre o Hamas, como tem prometido. Caso não consiga libertar os reféns, o seu partido Likud provavelmente deve perder as próximas eleições e o atual primeiro-ministro não permanecerá no cargo.
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A comunidade judaica desencadeou um movimento chamado “Not in our name” (Não em nosso nome), que visa deixar claro que não aceitam qualquer justificativa dos ataques em nome do judaísmo e, acrescentam ainda que o "Estado de Israel não representa o mundo judaico".
Na mesma perspectiva está o grupo “Voz Judaica pela Paz”, na qual as manifestações pretendem quebrar o ciclo das atrocidades étnicas e se revela como o maior protesto judaico em solidariedade com os palestinos na história dos EUA. A organização, que existe desde a década de 1960, afirma ser a maior organização judaica anti-sionista global e apoia a luta pela liberdade palestina. Desde a escalada do conflito defendem o lema “Não Em Nosso Nome” e consideram que os judeus devem se recusar a serem espectadores da injustiça.
O porta-voz e membro da Voz Judaica pela Paz, Jay Saper, já foi preso duas vezes durante protestos em Nova Iorque e Washington. “Os políticos estão alimentando o fogo do ódio. Acreditamos que isso não pode acontecer em nosso nome. Ser judeu para mim significa que não existe espaço para ser espectador em momentos de injustiça histórica”, afirma Saper.
A fundadora da Coligação Internacional Contra a Escravidão Moderna e ativista dos Direitos Humanos, a judia Lela Tolajian, também é contra a guerra no enclave. “Nós, judeus, não devemos ficar calados sobre o genocídio em Gaza. As vozes judaicas pró-palestinas não representam uma luta contra o antissemitismo porque não há nada de antissemita na oposição ao genocídio. Os movimentos judaicos progressistas consideraram o sionismo uma forma perigosa de nacionalismo. Nas escrituras do Talmud ensinam que salvar uma única vida é salvar o mundo inteiro, ordenando aos judeus de todos os lugares que lutem contra a perda de vidas em qualquer lugar.
Estes ensinamentos impulsionam o amor que tenho pela minha fé e cultura e, em simultâneo, a tristeza que sinto, sempre que vejo a destruição que o sionismo causou. Neste momento, está mais do que claro que esta não é uma luta contra o Hamas, mas sim um genocídio em curso. Israel está fazendo milhões de civis passar fome, privando-os ilegalmente de alimentos, água e medicamentos. E está destruindo sistematicamente o sistema de saúde de Gaza. Das milhares de bombas lançadas sobre Gaza, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, quase metade foram não guiadas, matando palestinos indiscriminadamente”, acusa Tolajian.
A impopularidade de Netanyahu
Um estudo recente sobre a população em Israel mostrou a redução de otimismo em relação à segurança futura e ao caráter democrático do país. O Instituto de Democracia de Israel, que fez a pesquisa em janeiro, assinalou que apenas 15% dos israelitas querem que Netanyahu permaneça no cargo após o fim da guerra contra o Hamas em Gaza. O mesmo estudo expressa que o ministro do gabinete de guerra, Benny Gantz, é nome principal nas escolhas para dirigir o país no pós-guerra. E, apesar de Gantz (Partido centrista Azul e Branco) ter entrado num governo emergencial possivelmente condenado e sendo a "antítese" e o principal adversário político de Netanyahu que segue a linha da extrema-direita, o ex-militar é considerado pragmático e moderado e, ainda é uma das figuras mais populares e respeitadas de Israel.
No entanto, a pesquisa apontou que 56% da população ainda apóiam a ofensiva militar como a melhor forma de recuperar os reféns e a melhor estratégia para eliminar o Hamas. Mas, 24% concordaram que o governo deveria libertar todos os prisioneiros palestinos detidos por Israel em troca da libertação dos reféns, mesmo que isto signifique aceitar a exigência do Hamas de parar os combates e acabar totalmente com o conflito. Para tentar restaurar o apoio interno, a única esperança de Netanyahu é continuar a guerra e tentar alcançar a “vitória total” sobre o Hamas, como tem prometido. Caso não consiga libertar os reféns, o seu partido Likud provavelmente deve perder as próximas eleições e o atual primeiro-ministro não permanecerá no cargo.