MEIO AMBIENTE

Os Ministros da Agricultura da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira (28) em melhorar a proteção das colmeias contra os pesticidas, devido ao declínio destes insetos cruciais para a polinização.

Os pesticidas só podem ser autorizados na UE se "uma avaliação completa dos riscos" mostrar a ausência de efeitos nocivos à saúde humana e efeitos "inaceitáveis" para o meio ambiente, mas, desde 2002, os critérios de análise do impacto dos pesticidas nas abelhas não mudaram, de acordo com a Comissão Europeia.


A pedido do Executivo Europeu em 2019, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) abordou vários cenários para definir "objetivos específicos" para a proteção das abelhas ao avaliar os pesticidas.


Os ministros reunidos em Luxemburgo consideraram "suficiente" definir um limite de redução "aceitável" no tamanho das colmeias, de acordo com um comunicado.


Os países estavam inicialmente muito divididos quanto ao nível deste limite, mas no final concordaram com uma "redução máxima" de 10% no tamanho das colmeias em toda a UE.


Se o tamanho das colmeias ficar menor do que isso, será considerado crítico. Vários países estão pedindo que esse limite seja reduzido ainda mais.


Segundo a ONU, citada pelo Conselho Europeu, as abelhas polinizam 71 das 100 espécies cultivadas que fornecem 90% da alimentação mundial.


Mas, nos últimos anos, o número de populações de insetos polinizadores, altamente vulneráveis a pesticidas, despencou, ameaçando a produção agrícola.