Reuters Brasil - Alguns danos nos laços entre China e Estados Unidos “não têm conserto” diante de uma nova onda de medidas do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, para se contrapor a Pequim, alertou a mídia estatal chinesa.

As relações entre as duas maiores economias do mundo atingiram seu pior momento em décadas por causa de questões ligadas a comércio, tecnologia, segurança, direitos humanos e a Covid-19.

Em um editorial, o jornal China Daily, que tem apoio do governo, disse que vê como “sinais preocupantes” a decisão dos EUA de limitar vistos de visitantes para membros do Partido Comunista chinês e suas famílias e uma proibição às importações de algodão de Xinjiang
 
“Mesmo que o próximo governo tenha alguma intenção de amenizar as tensões que foram semeadas, e continuam sendo semeadas, parte do estrago simplesmente não tem conserto, como o atual presidente dos EUA pretende”, acrescentou o jornal.

As relações entre os dois países estão sendo desviadas para “um caminho perigoso”, disse o editorial.


O governo dos EUA ainda acrescentou a fabricante chinesa de chips SMIC e a gigante petroleira CNOOC a uma lista negra de supostas empresas militares, proibindo investidores norte-americanos de comprarem títulos emitidos por estas empresas a partir do final do ano que vem.