A 54ª edição do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que começou na segunda-feira (15) traz como ponto central "Reconstruir a Confiança" e tem a estimativa de receber quase três mil participantes para o evento de cinco dias, que inclui mais de 60 chefes de Estado.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva é a principal representante do Brasil, que reiterou em Davos a sua defesa de que a comunidade internacional deve discutir a transição para o fim da dependência econômica de combustíveis fósseis. Nesta terça-feira (16/1), a ministra brasileira discursou sobre os desafios impostos depois da COP 28 e que é necessário que haja uma valorização dos ativos ambientais. Marina declarou que para respeitar a Amazônia é fundamental que os conhecimentos dos povos da floresta sejam respeitados.
“A Amazônia tem a possibilidade de estabelecer um novo paradigma, que a gente não repita aquilo que aconteceu em outras regiões, como no caso da Mata Atlântica, que já teve uma floresta de 1 milhão e 300 mil km² e hoje temos apenas algo em torno de 9% a 10% da Mata Atlântica. Na Amazônia ainda é possível fazer diferente. Para fazer diferente é preciso em primeiro lugar respeitar o saber milenar dos seus povos, seus conhecimentos tradicionais associados aos recursos naturais uma outra coisa é aprender com a própria natureza. A Amazônia nos evoca para além da sustentabilidade econômica, social e ambiental a sustentabilidade cultural, a sustentabilidade política. Porque o que vamos fazer com ela depende de decisões políticas. Nós já temos tecnologia para o desenvolvimento da bioeconomia”, disse a ministra do Brasil.
Entre os principais líderes políticos que participam no evento se encontram a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o líder francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang e o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que discute com os interlocutores as formas de por um fim ao conflito na Faixa de Gaza.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, também marca presença na reunião em busca de apoio e ajuda que se materialize na sobrevivência da Ucrânia. O líder quer realizar uma cúpula de paz junto das grandes lideranças globais que esteja de acordo com os interesses do seu país.
Segundo Mirek Dusek, diretor do Fórum Econômico Mundial, o tema deste ano é uma resposta direta à diminuição da confiança, evidente nas sociedades e entre as nações. “Alguns poderão relacionar diretamente as fissuras com as profundas transformações que nos rodeiam, sejam elas geopolíticas, geoeconômicas ou relacionadas com o clima e a natureza", diz Dusek.
Na reunião anual de líderes políticos, empresários, celebridades e ativistas sociais o debate se concentra nas crises econômicas, os elevados custos dos alimentos e da energia e as preocupações com as alterações climáticas. Mas, no topo da agenda, estão os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia. O boom e os avanços da inteligência artificial (IA), que tem gerado oportunidades e 'dores de cabeça' aos reguladores, também é um dos principais tópicos, com vários painéis dedicados à revolução tecnológica.
Marina Silva marca presença no Fórum Econômico Mundial de Davos
Evento, que começou na segunda-feira (15), traz como ponto central "Reconstruir a Confiança" e tem a estimativa de receber quase três mil participantes
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva é a principal representante do Brasil, que reiterou em Davos a sua defesa de que a comunidade internacional deve discutir a transição para o fim da dependência econômica de combustíveis fósseis. Nesta terça-feira (16/1), a ministra brasileira discursou sobre os desafios impostos depois da COP 28 e que é necessário que haja uma valorização dos ativos ambientais. Marina declarou que para respeitar a Amazônia é fundamental que os conhecimentos dos povos da floresta sejam respeitados.
“A Amazônia tem a possibilidade de estabelecer um novo paradigma, que a gente não repita aquilo que aconteceu em outras regiões, como no caso da Mata Atlântica, que já teve uma floresta de 1 milhão e 300 mil km² e hoje temos apenas algo em torno de 9% a 10% da Mata Atlântica. Na Amazônia ainda é possível fazer diferente. Para fazer diferente é preciso em primeiro lugar respeitar o saber milenar dos seus povos, seus conhecimentos tradicionais associados aos recursos naturais uma outra coisa é aprender com a própria natureza. A Amazônia nos evoca para além da sustentabilidade econômica, social e ambiental a sustentabilidade cultural, a sustentabilidade política. Porque o que vamos fazer com ela depende de decisões políticas. Nós já temos tecnologia para o desenvolvimento da bioeconomia”, disse a ministra do Brasil.
Entre os principais líderes políticos que participam no evento se encontram a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o líder francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang e o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que discute com os interlocutores as formas de por um fim ao conflito na Faixa de Gaza.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, também marca presença na reunião em busca de apoio e ajuda que se materialize na sobrevivência da Ucrânia. O líder quer realizar uma cúpula de paz junto das grandes lideranças globais que esteja de acordo com os interesses do seu país.
Segundo Mirek Dusek, diretor do Fórum Econômico Mundial, o tema deste ano é uma resposta direta à diminuição da confiança, evidente nas sociedades e entre as nações. “Alguns poderão relacionar diretamente as fissuras com as profundas transformações que nos rodeiam, sejam elas geopolíticas, geoeconômicas ou relacionadas com o clima e a natureza", diz Dusek.
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