O presidente Lula voltou a fazer contundentes críticas ao genocídio promovido por Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza, que já deixou quase 30 mil mortos e o enclave sitiado completamente devastado. 

Segundo o chefe de Estado, o objetivo do governo de extrema direita do premiê Benjamin Netanyahu é eliminar todos os palestinos para depois ocupar a região. >>> SAIBA MAIS: Lula mantém posição e afirma que repetiria comparação entre atrocidades de Israel e da Alemanha nazista

"O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza. É isso. É exterminar aquele espaço territorial com o povo palestino para que eles ocupem. Não tem outra explicação. (...) É só você ler o depoimento dos Médicos Sem Fronteiras. (...) Pega depoimento da Cruz Vermelha. Pega criança dizendo que prefere morrer do que ser tratada do jeito que estão sendo tratadas, sem anestesia. Isso é genocídio ou não é genocídio?", disse o presidente Lula em entrevista concedida ao jornalista Kennedy Alencar, no programa "É Notícia", da RedeTV!. A íntegra será exibida nesta terça-feira (27), às 22h. 

A declaração vem após Lula, durante viagem à Etiópia neste mês, afirmar que não havia na história episódio como o conflito atual em Gaza, exceto "quando o Hitler resolveu matar os judeus", irritando o governo de extrema direita de Israel. 

Lula foi então declarado "persona non grata" pelo chanceler israelense, Israel Katz, que exigiu um pedido de desculpas do brasileiro, e o embaixadores brasileiro em Tel Aviv sofreu uma reprimenda no Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém. O Brasil convocou o embaixador israelense para cobrar explicações, e também avisou que não recuará das críticas. 

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