RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os acordos firmados entre o Brasil e a China somam R$ 50 bilhões em investimento. Já os acordos com o Emirados Árabes, R$ 12 bilhões. Até o momento, o governo não divulgou detalhes sobre a repartição do montante dos acordos entre as nações. 

Em coletiva de imprensa, neste domingo (15/4), em Abu Dhabi, Lula disse que o importa não é a "soma do dinheiro", mas a possibilidade de novos acordos que podem ser feitos.  

"Não apenas do ponto de vista comercial, mas do ponto de vista plural, do ponto de vista digital, do ponto de vista educacional. Porque nós queremos mais estudantes estrangeiros estudando no Brasil e mais brasileiros estudando fora para que a gente pode universalizar melhor a nossa política cultural", disse o petista a jornalistas em Abu Dhabi, neste domingo.
 
Lula disse que convidou o presidente dos Emirados Árabes, Xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, para visitar o Brasil. "Tem muitos interesses econômicos no país", afirmou. De acordo com o presidente, ele também convidou o presidente da China, Xi Jiping para vir ao Brasil, e disse que o governo está fazendo aquilo que é a sua obrigação: "se abrir para o mundo, e ao mesmo tempo convencer os países de se abrirem para o Brasil."
 
"E o Brasil tem uma extraordinária vantagem comparativa na relação com outros países, que é a questão climática. O Brasil tem uma matriz energética muito rica. Tem um potencial muito grande, de energia solar ainda maior. O Brasil está em vários estados do Nordeste trabalhando a questão do hidrogênio verde, além da nossa política de biodiesel e etanol, além da biomassa. São alternativas que o Brasil tem para oferecer ao mundo, com parceria, de aumentar a capacidade produtiva do país", disse.

Obras paradas 

Conforme o chefe do Executivo, em maio ele planeja voltar a se reunir com os governadores do país para discutir grandes obras que estão paradas há algum período. "Nós queremos apresentar esse projeto de infraestrutura a outros países, para empresários que queiram investir tenham opções", disse.

"O Brasil é um pais que tem estabilidade jurídica, estabilidade política e vai se transformar em um país que tem estabilidade econômica", declarou. Lula também destacou que quer governar o país com 'muita previsibilidade', em que as coisas acontecem de forma "planejada e executadas corretamente'". 

O petista também ressaltou que espera apoio do Congresso Nacional nas próximas ações do governo. 

"Nós temos um governo que tem credibilidade na sociedade e em outros países do mundo. Nós garantimos a estabilidade social do país e somos um governo de muita previsibilidade. Ou seja, as coisas no Brasil nunca mais aconteceram por acaso, elas serão planejadas e executadas corretamente."