Kim e Moon prometeram assinar acordo de paz e desnuclearização
O histórico encontro entre o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ocorrido em Panmunjon, zona desmilitarizada entre os dois países, nesta sexta-feira (27) foi comentado pelos principais líderes mundiais.
Em um série de mensagens publicadas no Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a cúpula intercoreana e agradeceu a China pelos esforços na aproximação diplomática.
"Não podemos esquecer da grande ajuda que meu bom amigo, o presidente Xi da China, deu aos Estados Unidos, particularmente na fronteira com a Coreia do Norte. Sem ele, o processo teria sido muito mais longo e difícil", afirmou o magnata.
Mesmo sendo considerado o único grande aliado de Pyongyang, o governo chinês chegou a apoiar diversas sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte pela sequência de seus testes nucleares.
Trump ainda afirmou que a reunião representa o "fim da guerra da Coreia" e todo o mundo deveria "estar muito orgulhoso" deste momento.
A China aproveitou para falar que espera que todos os lados mantenham o diálogo e, conjuntamente, promovam uma resolução política para a guerra na Coreia, informou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.
"Aplaudimos muito este momento histórico", disse, acrescentando que o governo chinês "aprecia a coragem e determinação" dos dois líderes.
O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, escreveu em sua conta no Twitter que as duas Coreias anunciaram que "a guerra acabou". "São mais de 60 anos. O futuro está cheio de incógnitas, mas o dia é histórico".
Em comunicado, a França parabenizou o comprometimento dos países na "declaração de paz, prosperidade e unificação da península coreana". O Ministério das Relações Exteriores francês ressaltou que a esperança "é que este passo contribuirá para o advento da paz duradoura" e espera as ações concretas.
A Rússia, por sua vez, disse que este momento significa uma "notícia muito positiva". De acordo com o Ministério das Relações Exteriores russo tudo está pronto para facilitar a cooperação entre os dois países.
O presidente da Comissão Europeia, Donald Tusk, também considerou que a decisão das Coreias é um indício de que o "impossível pode se tornar possível, e que depende totalmente da boa vontade e da coragem dos indivíduos". Para o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, o momento histórico "é uma boa notícia que deve ter um acompanhamento com medidas concretas".
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ressaltou que a reunião é "um primeiro passo" de um "caminho longo para uma solução para a crise da península", mas "o mais importante é comemorar este encontro".
Em entrevista coletiva durante reunião de ministros de Relações Exteriores da Aliança realizada em Bruxelas, Stoltenberg disse que "a pressão que foi aplicada sobre a Coreia pela comunidade internacional foi importante".
Já o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, qualificou como "positiva" a cúpula. No entanto, ressaltou que será preciso "vigiar o desenvolvimento" da aproximação proposta pelos líderes da Península. "Considero que é positivo que nesta cúpula tenha se falado seriamente", disse. (ANSA)