GUERRA

 
Os líderes da Alemanha, França e Polônia afirmaram hoje que não irão tomar a iniciativa de fazer escalar a guerra na Ucrânia, apesar do presidente francês Emmanuel Macron ter aventado recentemente enviar tropas europeias e da OTAN para o território ucraniano. Mas, juntos anunciaram e se comprometeram em doar armamentos a Kiev. 
 
 
A reunião tripartidária estabeleceu um acordo entre os aliados da Ucrânia em relação à artilharia de longo alcance, armas exigidas por Kiev para se defender do agressor russo. Os três países decidiram adquirir imediatamente mais armas para a Ucrânia no mercado mundial, além de criar uma nova coligação para doar foguetes de longo alcance.
 
“Estamos unidos e determinados a nunca deixar a Rússia vencer", afirmou Macron, em visita a Berlim para coordenar a ajuda à Ucrânia com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.
 
Macron acrescentou que os três países e o ocidente continuaram a apoiar a Ucrânia e o seu povo enquanto for necessário. O líder francês reiterou que a segurança de toda a Europa está em causa no contexto da guerra na Ucrânia e assegurou que estão unidos e resolvidos neste apoio.
 
 
Scholz também disse que o presidente russo Vladimir Putin tem de saber que a Europa apoia a Ucrânia e que esse apoio não vai esmorecer, garantindo que os fundos russos congelados por via de sanções serão usados para financiar os ucranianos.
 
Já o comissário europeu Thierry Breton declarou que a Comissão Europeia investirá em mais de trinta projetos da indústria de defesa europeia para aumentar a produção de munições na Europa. "Indústria de defesa em modo economia de guerra. Hoje, com a Lei de Apoio à Produção de Munições, investimos em 31 projetos industriais de defesa para aumentar a produção de munições na Europa. Pela primeira vez, utilizamos o orçamento da UE para apoiar as nossas capacidades de produção industrial de defesa", revelou Breton, acrescentando que esta é uma iniciativa sem precedentes.
 
Lisboa também anunciou que vai contribuir com 100 milhões de euros para a compra de munições de artilharia de grande calibre para a Ucrânia. “O timing desta iniciativa tem a ver com a necessidade da Ucrânia, que precisa desesperadamente de munições para resistir contra a invasão ilegal da Rússia”, indicou Helena Carreiras, ministra da Defesa de Portugal.
 
 
Carreiras informou que este é um programa de aquisição conjunta liderado pela República Tcheca e ao qual se associam vários países europeus. “Não escala quem apoia a autodefesa, a defesa da soberania, da integridade territorial, escala quem agride e quem invade”, defendeu a ministra portuguesa.