ESTADOS UNIDOS

O líder republicano da Câmara de Representantes norte-americano, Kevin McCarthy, declarou hoje ser a favor da abertura de um inquérito para a destituição do presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden. "Solicito a uma comissão da Câmara para abrir um inquérito formal de destituição", disse o congressista republicano, argumentando que Biden "mentiu" ao povo norte-americano sobre os polêmicos negócios do seu filho no estrangeiro.
 
Hunter Biden, filho do líder dos EUA, é processado por evasão e crimes fiscais e já se declarou culpado. Hunter se tornou o alvo preferido da direita norte-americana, que o acusa de ter realizado negócios duvidosos na Ucrânia e na China quando Joe Biden era vice-presidente de Barack Obama, aproveitando as redes de conhecimentos e o nome do pai.

A Casa Branca se manifestou e criticou a tentativa de abertura do inquérito, o classificando de extremamente político. "Os Republicanos da Câmara de Representantes investigaram o presidente durante nove meses e não encontraram uma única prova de irregularidades", argumentou Ian Sams na rede social X, porta-voz da Casa Branca. 

A abertura de um processo de destituição é há meses reivindicada pela ala 'trumpista' do Partido Republicano, mas vários congressistas republicanos também se opõem ao inquérito, por considerarem que o procedimento pode se transformar em uma mera manobra partidária.

Por outro lado, os democratas afirmam que esses esforços da direita não passam de uma cortina de fumaça para dissimular os crescentes problemas judiciais enfrentados pelo ex-presidente e atual aspirante a candidato presidencial Republicano, Donald Trump, quatro vezes indiciado em menos de seis meses.

A Constituição dos Estados Unidos prevê que o Congresso pode destituir o presidente em caso de "traição, corrupção ou outros crimes e infrações graves".