Uma colunista da revista de moda Elle revelou em uma crônica publicada na sexta-feira (21) que Donald Trump a estuprou em um provador de roupa em uma loja de Nova York nos anos 90. O presidente dos Estados Unidos nega a acusação.

E. Jean Carroll, que escreve a coluna de conselhos "Ask E. Jean" da revista Elle há 26 anos, disse que o estupro ocorreu em 1995 ou 1996, quando Trump era um proeminente promotor imobiliário e ela, uma conhecida jornalista a apresentadora de televisão.

Trump reagiu em um comunicado afirmando que jamais teve contato com Carroll e que o incidente "nunca aconteceu".

A descrição do estupro está no próximo livro de Carrol, que teve trechos publicados nesta sexta-feira na New York Magazine.

Carroll, hoje com 75 anos, conta no livro que encontrou casualmente Trump na loja Bergdorf Goodman na Quinta Avenida de Manhattan, em Nova York, quando os dois faziam compras.

Durante uma conversa, Trump pediu sua ajuda para comprar um presente para a esposa e após discutir opções como uma carteira ou um chapéu, ele se decidiu por uma lingerie.

Segundo Caroll, os dois subiram para a seção de lingerie, onde não havia qualquer funcionário da loja à vista.

A escritora pensou que seria "hilariante" ver Trump provar lingerie sobre suas calças, mas não foi o que aconteceu.

"No momento em que a porta do provador se fechou ele se atirou sobre mim, me pressionou contra a parede e colocou sua boca nos meus lábios", escreveu Carroll.

Tendo a mulher imobilizada, Trump baixou as calças de Carrol, abriu seu zíper e a estuprou, até que ela conseguiu se livrar e fugir correndo. Segundo Caroll, o ataque não durou "mais que três minutos".

Em seu comunicado, Trump assegura: "jamais na minha vida me encontrei com essa pessoa. Ela está tentando vender um novo livro (...) que deveria ser exibido na seção de ficção".

A New York Magazine, que publica o trecho do livro de Carroll, inclui na mesma edição uma declaração oficial da Casa Branca que qualifica a história como "completamente falsa e surreal" e que esta acusação aparece "25 anos após o suposto incidente" e foi criada "simplesmente para denegrir o presidente".

Carroll disse que não denunciou o estupro à polícia por medo de represálias, temendo por seu emprego e até por sua vida.

Trump já foi acusado por outras 16 mulheres por condutas de caráter sexual impróprias antes de chegar à presidência.