O Ministério das Relações Exteriores voltou a condenar as atitudes do governo de Benjamin Netanyahu em Israel, desta vez após a nova incursão do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, acompanhado de milhares de manifestantes sionistas radicais, à Esplanada das Mesquitas (“Haram-El-Sharif”), em Jerusalém. 

Ben-Gvir é uma das mais ferozes vozes da extrema-direita israelense. Na quinta-feira, ele deu um discurso inflamado a milhares de colonos judeus ilegais que invadiram a cidade velha de Jerusalém durante a marcha anual para marcar a ocupação da cidade por Israel em 1967.

“O Portão de Damasco é nosso. O Monte do Templo é nosso. E se Deus quiser, a vitória completa será nossa”, disse ele, referindo-se ao complexo da Mesquita Al-Aqsa. Numa conferência de imprensa após a marcha, Ben-Gvir declarou: “Conseguimos mudar hoje o status quo em Jerusalém e na Mesquita de Al-Aqsa”.

O governo brasileiro reafirmou em nota neste sábado (8) "a defesa do respeito ao status quo histórico da Esplanada das Mesquitas e à custódia haxemita dos sítios sagrados islâmicos e cristãos de Jerusalém Oriental". Também lamentou "que, em meio à tragédia humanitária na Faixa de Gaza, ainda haja disposição de segmentos extremistas da sociedade israelense para praticar atos inflamatórios e provocativos, que contribuem apenas para afastar ainda mais as perspectivas de paz na região".

"O Brasil reitera o compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital", diz o comunicado à imprensa. 

Brasil247