GUERRA

O Gabinete de Guerra de Israel anunciou nesta quinta-feira que vai retomar as negociações com o Hamas para a libertação dos reféns israelenses que foram capturados no ataque de 7 de outubro. “Foi ordenada à equipe de negociação que retomasse o seu trabalho, que tinha sido interrompido em 10 de maio, após uma tentativa de acordo no Cairo que Israel rejeitou”, diz o comunicado do gabinete.
 
Segundo o jornal The Times of Israel, a decisão de Tel Aviv acontece logo após o governo do Egito ter ameaçado se retirar como mediador do conflito entre Israel e o Hamas devido a acusações de ter realizado uma má gestão da última rondada de conversa que fracassou.  "As tentativas de semear dúvidas e ofender os esforços de mediação do Egito só levarão a maiores complicações da situação em Gaza e em toda a região e levarão o Egito a se  retirar completamente da mediação a guerra conflito", declarou Diaa Rashwan, chefe do Serviço de Informação do Estado e porta-voz do governo egípcio.

Em 10 de maio, Israel e o Hamas retiraram as suas delegações do Cairo, depois de não terem  chegado a um acordo sobre a proposta de cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros  palestinos apresentada pelo grupo e os mediadores.
 
Na ocasião, o Hamas acusou Tel Aviv de deixar as negociações voltarem à estaca zero, por sua vez as autoridades israelenses afirmaram disseram que o grupo havia modificado questões essenciais no acordo proposto apos  já terem o aceitado.
 
Desde o começo do conflito, Israel e o Hamas só conseguiam chegar aum acordo de trégua de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.

Além disso, quatro reféns foram libertados pelo Hamas em outubro, três foram resgatados pelas forças israelenses, sendo dois deles há  poucas semanas numa operação bem-sucedida em Rafah, enquanto os corpos de 17 foram recuperados, três dos quais foram mortos por engano pelas próprio exército de Israel.