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“Não podemos separar a questão da soberania da paz, porque isso tornaria a paz ainda mais difícil de alcançar”, argumentou o ministro.
“Isso levará Israel a tomar medidas unilaterais também”, alertou.
Embora não tenha especificado quais seriam essas medidas, Israel aprovou, em agosto, um grande projeto para construir 3.400 moradias em uma área da Cisjordânia que a comunidade internacional considera uma ameaça à viabilidade de um futuro Estado palestino.
Na ocasião, o ministro israelense de extrema-direita Bezalel Smotrich também advertiu os líderes europeus de que reconhecer um Estado palestino em setembro levaria à “aplicação da soberania israelense sobre todas as partes da Judeia e Samaria”, nome usado por Israel para se referir à Cisjordânia.
Segundo Gideon Saar, os países que reconheceram ou anunciaram a intenção de reconhecer a Palestina como Estado estão “prejudicando as chances de paz”.
“A Europa enfrenta desafios estratégicos e de segurança. Precisa de Israel tanto quanto Israel precisa da Europa”, afirmou o ministro, acrescentando que “a Autoridade Palestina não merece um Estado com base em suas ações”, já que, apesar do compromisso de combater o terrorismo estabelecido nos Acordos de Oslo, “não fez nada”.
Ele também criticou os países que pretendem avançar com esse objetivo, acusando-os de “recompensar e encorajar o terrorismo com uma doutrina de pagamento por assassinato, pagando salários a terroristas e às famílias de terroristas”.
Saar ainda instou seu homólogo dinamarquês a não “ignorar essa realidade”, mas Rasmussen lembrou que a posição oficial da Dinamarca é reconhecer um Estado palestino apenas após um acordo negociado entre as partes.
“Ainda não estamos prontos para o reconhecimento, mas nossa posição é que não podemos permitir que alguém tenha um veto de fato sobre a posição dinamarquesa”, disse.
Os apelos crescentes pela criação de um Estado palestino têm se intensificado nos últimos meses e refletem a crescente preocupação com as condições humanitárias insustentáveis enfrentadas pelos palestinos em meio à guerra de Israel contra o grupo islâmico Hamas.
A devastadora campanha militar israelense, que já dura quase dois anos e começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, destruiu grandes áreas da Faixa de Gaza e restringiu severamente a ajuda humanitária ao enclave, empurrando os palestinos para a fome.
A revolta internacional contra Israel foi crescendo, levando vários países a intensificar os esforços em prol da solução de Dois Estados e do reconhecimento da Palestina.
À frente desses esforços estão a França e a Arábia Saudita, que em julho promoveram uma Conferência Internacional pela Solução de Dois Estados. O encontro terminou com uma declaração assinada por diversos países em apoio inabalável a essa solução.
Na ocasião, o presidente francês, Emmanuel Macron, comprometeu-se a reconhecer a Palestina na próxima Assembleia Geral da ONU, marcada para o fim de setembro — intenção que foi seguida por outros líderes internacionais.
Já na primavera de 2024, várias nações europeias e caribenhas reconheceram a Palestina como Estado, entre elas Espanha, Irlanda, Noruega, Barbados e Jamaica.
Países como o Reino Unido, Austrália, Bélgica e Canadá também indicaram que planejam avançar para o reconhecimento ainda este mês.
Em Portugal, o primeiro-ministro anunciou em julho que consultaria os partidos políticos e o presidente da República para avaliar a possibilidade de reconhecer a Palestina na ONU.
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Embora não tenha especificado quais seriam essas medidas, Israel aprovou, em agosto, um grande projeto para construir 3.400 moradias em uma área da Cisjordânia que a comunidade internacional considera uma ameaça à viabilidade de um futuro Estado palestino.
Na ocasião, o ministro israelense de extrema-direita Bezalel Smotrich também advertiu os líderes europeus de que reconhecer um Estado palestino em setembro levaria à “aplicação da soberania israelense sobre todas as partes da Judeia e Samaria”, nome usado por Israel para se referir à Cisjordânia.
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“A Europa enfrenta desafios estratégicos e de segurança. Precisa de Israel tanto quanto Israel precisa da Europa”, afirmou o ministro, acrescentando que “a Autoridade Palestina não merece um Estado com base em suas ações”, já que, apesar do compromisso de combater o terrorismo estabelecido nos Acordos de Oslo, “não fez nada”.
Ele também criticou os países que pretendem avançar com esse objetivo, acusando-os de “recompensar e encorajar o terrorismo com uma doutrina de pagamento por assassinato, pagando salários a terroristas e às famílias de terroristas”.
Saar ainda instou seu homólogo dinamarquês a não “ignorar essa realidade”, mas Rasmussen lembrou que a posição oficial da Dinamarca é reconhecer um Estado palestino apenas após um acordo negociado entre as partes.
“Ainda não estamos prontos para o reconhecimento, mas nossa posição é que não podemos permitir que alguém tenha um veto de fato sobre a posição dinamarquesa”, disse.
Os apelos crescentes pela criação de um Estado palestino têm se intensificado nos últimos meses e refletem a crescente preocupação com as condições humanitárias insustentáveis enfrentadas pelos palestinos em meio à guerra de Israel contra o grupo islâmico Hamas.
A devastadora campanha militar israelense, que já dura quase dois anos e começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, destruiu grandes áreas da Faixa de Gaza e restringiu severamente a ajuda humanitária ao enclave, empurrando os palestinos para a fome.
A revolta internacional contra Israel foi crescendo, levando vários países a intensificar os esforços em prol da solução de Dois Estados e do reconhecimento da Palestina.
À frente desses esforços estão a França e a Arábia Saudita, que em julho promoveram uma Conferência Internacional pela Solução de Dois Estados. O encontro terminou com uma declaração assinada por diversos países em apoio inabalável a essa solução.
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Já na primavera de 2024, várias nações europeias e caribenhas reconheceram a Palestina como Estado, entre elas Espanha, Irlanda, Noruega, Barbados e Jamaica.
Países como o Reino Unido, Austrália, Bélgica e Canadá também indicaram que planejam avançar para o reconhecimento ainda este mês.
Em Portugal, o primeiro-ministro anunciou em julho que consultaria os partidos políticos e o presidente da República para avaliar a possibilidade de reconhecer a Palestina na ONU.