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O irmão de George Floyd - o americano negro cuja morte nas mãos da polícia desencadeou uma onda de protestos em todo o mundo - pediu ao Congresso nesta quarta-feira (10) que acabe com o sofrimento dos afro-americanos e avançar com a reforma da polícia.
"Basta", pediu Philonise Floyd ao Comitê Judicial da Câmara dos Deputados, a Câmara dos Deputados controlada pela oposição democrata, como parte de uma audiência após a apresentação de um projeto de lei para uma reforma da Polícia.
"Acabem com o sofrimento", disse ele em seu testemunho um dia após o funeral de seu irmão em Houston. "Façam as alterações necessárias para que a aplicação da lei seja a solução e não o problema", pediu Philonise.
Dois dias depois que os democratas anunciaram um projeto de reforma da "cultura" dentro da polícia para encerrar os casos de brutalidade e racismo, esse comitê da Câmara - também controlado pela oposição - vai analisar a situação.
A Polícia tem sido o centro das atenções desde a morte de Floyd, em 25 de maio, depois de ser contido por um agente que o sufocou com o joelho depois de ser acusado de fazer um pagamento usando uma nota falsa em uma loja.
As imagens nas quais pode-se ouvir Floyd gritar "Não consigo respirar" levaram ao maior movimento de protesto nos Estados Unidos desde o assassinato de Martin Luther King Jr. em 1968.
"Quem sabe, me dirigindo a vocês hoje, eu possa garantir que sua morte não seja em vão, que não se torne outro rosto em uma camiseta e outro nome em uma lista", disse Philonise.
O presidente do comitê, Jerrold Nadler, disse no início da sessão que todos os dias nos Estados Unidos, a população negra e outras minorias vivem com medo.
"A história do racismo em nosso país e a violência motivada pelo racismo estão no pecado original da escravidão que continua assombrando nossa nação", disse o legislador democrata, que pediu para lembrar que Floyd é mais do que uma causa e um nome gritado nas manifestações.
O legislador republicano de mais alto escalão do comitê, Jim Jordan, admitiu que é hora de uma discussão real sobre o tratamento policial dos afro-americanos.
"Os assassinos do seu irmão vão enfrentar a justiça", disse Jordan a Philonise Floyd.
Das 1.098 pessoas mortas nos Estados Unidos pela Polícia em 2019, um quarto era de negros, de acordo com o portal de mapeamento de violência política. Os afro-americanos no país representam menos de 13% da população.
- Um registro de violência -
Diante do debate nacional, a polícia de Houston proibirá a imobilização com asfixia e a corporação de Minneapolis será desmontada para ser reformada e refundada.
No nível federal, a Lei de Polícia e Justiça - que conta com o apoio de mais de 200 legisladores democratas - busca criar um registro de agentes que cometem abusos, facilitar seu processo e repensar os processos de seleção e treinamento.
O futuro desse processo, entretanto, é incerto caso os democratas não consigam o apoio dos republicanos, que dominam o Senado, e do presidente Donald Trump, que condenou a morte de Floyd, mas deu seu apoio expresso à Polícia.
O chefe da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, anunciou na terça-feira que instruiria o senador negro Tim Scott a avaliar o projeto.
Nos Estados Unidos - onde existem cerca de 18.000 entidades policiais autônomas, incluindo órgãos municipais eleitos e xerifes de condado -, a articulação de uma reforma dessa proporção é complexa.
O agente acusado Derek Chauvin, 44 anos, foi preso pelo assassinato e está encarcerado em uma prisão de alta segurança. Três de seus ex-colegas envolvidos na prisão também foram acusados de cumplicidade.
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O irmão de George Floyd - o americano negro cuja morte nas mãos da polícia desencadeou uma onda de protestos em todo o mundo - pediu ao Congresso nesta quarta-feira (10) que acabe com o sofrimento dos afro-americanos e avançar com a reforma da polícia.
"Basta", pediu Philonise Floyd ao Comitê Judicial da Câmara dos Deputados, a Câmara dos Deputados controlada pela oposição democrata, como parte de uma audiência após a apresentação de um projeto de lei para uma reforma da Polícia.
"Acabem com o sofrimento", disse ele em seu testemunho um dia após o funeral de seu irmão em Houston. "Façam as alterações necessárias para que a aplicação da lei seja a solução e não o problema", pediu Philonise.
Dois dias depois que os democratas anunciaram um projeto de reforma da "cultura" dentro da polícia para encerrar os casos de brutalidade e racismo, esse comitê da Câmara - também controlado pela oposição - vai analisar a situação.
A Polícia tem sido o centro das atenções desde a morte de Floyd, em 25 de maio, depois de ser contido por um agente que o sufocou com o joelho depois de ser acusado de fazer um pagamento usando uma nota falsa em uma loja.
As imagens nas quais pode-se ouvir Floyd gritar "Não consigo respirar" levaram ao maior movimento de protesto nos Estados Unidos desde o assassinato de Martin Luther King Jr. em 1968.
"Quem sabe, me dirigindo a vocês hoje, eu possa garantir que sua morte não seja em vão, que não se torne outro rosto em uma camiseta e outro nome em uma lista", disse Philonise.
O presidente do comitê, Jerrold Nadler, disse no início da sessão que todos os dias nos Estados Unidos, a população negra e outras minorias vivem com medo.
"A história do racismo em nosso país e a violência motivada pelo racismo estão no pecado original da escravidão que continua assombrando nossa nação", disse o legislador democrata, que pediu para lembrar que Floyd é mais do que uma causa e um nome gritado nas manifestações.
O legislador republicano de mais alto escalão do comitê, Jim Jordan, admitiu que é hora de uma discussão real sobre o tratamento policial dos afro-americanos.
"Os assassinos do seu irmão vão enfrentar a justiça", disse Jordan a Philonise Floyd.
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- Um registro de violência -
Diante do debate nacional, a polícia de Houston proibirá a imobilização com asfixia e a corporação de Minneapolis será desmontada para ser reformada e refundada.
No nível federal, a Lei de Polícia e Justiça - que conta com o apoio de mais de 200 legisladores democratas - busca criar um registro de agentes que cometem abusos, facilitar seu processo e repensar os processos de seleção e treinamento.
O futuro desse processo, entretanto, é incerto caso os democratas não consigam o apoio dos republicanos, que dominam o Senado, e do presidente Donald Trump, que condenou a morte de Floyd, mas deu seu apoio expresso à Polícia.
O chefe da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, anunciou na terça-feira que instruiria o senador negro Tim Scott a avaliar o projeto.
Nos Estados Unidos - onde existem cerca de 18.000 entidades policiais autônomas, incluindo órgãos municipais eleitos e xerifes de condado -, a articulação de uma reforma dessa proporção é complexa.
O agente acusado Derek Chauvin, 44 anos, foi preso pelo assassinato e está encarcerado em uma prisão de alta segurança. Três de seus ex-colegas envolvidos na prisão também foram acusados de cumplicidade.