array(31) {
  ["id"]=>
  int(133055)
  ["title"]=>
  string(83) "Inocentes presos pelo FBI após atentados de 11 de setembro seguem presos até hoje"
  ["content"]=>
  string(3795) "A chamada “Guerra ao Terror” desencadeada pelos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2201, que deixaram mais de 3 mil mortos em solo estadunidense, resultaram em processos contra mais de 800 pessoas sob a acusação de terrorismo por parte das autoridades, muitos deles marcados por ações policiais ultrajantes e abusos legais. De acordo com reportagem  do The Intercept, “a guerra doméstica contra o terrorismo muitas vezes perseguiu pessoas que não representavam uma ameaça real” e que ainda se encontram presas.  
Um dos casos listados pela reportagem trata da família do imigrante Ferik Duka, falecido em 2018. Os três filhos mais velhos do albanês – Shain, Dritan e Eljvir – foram condenados à prisão perpétua “após uma operação com agentes infiltrados liderada pelo então procurador federal de Nova Jersey, Chris Christie,  e durou mais de um ano, envolvendo vários informantes do governo”. 
“Esse foi apenas um entre muitos casos em que promotores e agentes do FBI – no acalorado contexto pós-11 de setembro – rotularam como inimigos de Estado indivíduos que não representavam qualquer ameaça significativa. Muitos deles, como os irmãos Duka, foram condenados a penas longas ou tiveram suas vidas arruinadas após condenações por apoio material em acusações de terrorismo”, destaca o Intercept.
 
“‘Não houve ajuste de contas com o legado dessa era’, afirma Ramzi Kassem, professor da Escola de Direito da City University de Nova York e fundador do projeto ‘Creating Law Enforcement Accountability & Responsibility’, voltado à responsabilização das polícias. “As pessoas seguiram avançando em suas carreiras, muitas vezes obtendo ganhos políticos com esses casos. Essa é a história da guerra ao terror, pelo menos dentro do país”, ressalta. 
Ainda segundo Kassem, “é alarmante quando você analisa esses casos e encontra uma sobrerrepresentação de suspeitos com deficiência intelectual, marginalizados ou em situação de vulnerabilidade como alvos de operações com agentes infiltrados. Isso gera questionamentos sobre a realidade da ameaça terrorista retratada pelo FBI”. 
A reportagem observa, ainda, que “o uso ostensivo de agentes infiltrados foi uma das táticas mais controversas usadas pelo FBI e por promotores em casos de contraterrorismo doméstico. Segundo estimativas, o FBI empregou mais de 15 mil informantes nos EUA. Muitos deles participavam das chamadas ‘expedições de pescaria’, infiltrando-se em comunidades mesmo sem haver notícia de qualquer trama criminosa”.
O Intercept também ressalta que “apesar das mudanças voltadas a aperfeiçoar práticas judiciais e policiais, casos questionáveis de terrorismo continuaram a resultar em processos nos EUA, inclusive em nível estadual. Embora o governo tenha mudado sua abordagem – de modo hesitante e reativo –, ainda se faz necessário revisar centenas de situações em que pessoas foram presas em casos inventados de terrorismo”. 
"
  ["author"]=>
  string(9) "Brasil247"
  ["user"]=>
  NULL
  ["image"]=>
  array(6) {
    ["id"]=>
    int(583695)
    ["filename"]=>
    string(13) "fbi11sete.jpg"
    ["size"]=>
    string(5) "10211"
    ["mime_type"]=>
    string(10) "image/jpeg"
    ["anchor"]=>
    NULL
    ["path"]=>
    string(9) "politica/"
  }
  ["image_caption"]=>
  string(15) "(Foto: Reuters)"
  ["categories_posts"]=>
  NULL
  ["tags_posts"]=>
  array(0) {
  }
  ["active"]=>
  bool(true)
  ["description"]=>
  string(269) "Operações do FBI resultaram em processos marcados por abusos policiais e legais contra mais de 800 pessoas, muitas delas com deficiência intelectual, marginalizadas ou em situação de vulnerabilidade.
"
  ["author_slug"]=>
  string(9) "brasil247"
  ["views"]=>
  int(127)
  ["images"]=>
  NULL
  ["alternative_title"]=>
  string(0) ""
  ["featured"]=>
  bool(false)
  ["position"]=>
  int(0)
  ["featured_position"]=>
  int(0)
  ["users"]=>
  NULL
  ["groups"]=>
  NULL
  ["author_image"]=>
  NULL
  ["thumbnail"]=>
  NULL
  ["slug"]=>
  string(81) "inocentes-presos-pelo-fbi-apos-atentados-de-11-de-setembro-seguem-presos-ate-hoje"
  ["categories"]=>
  array(1) {
    [0]=>
    array(9) {
      ["id"]=>
      int(428)
      ["name"]=>
      string(13) "Internacional"
      ["description"]=>
      NULL
      ["image"]=>
      NULL
      ["color"]=>
      string(7) "#a80000"
      ["active"]=>
      bool(true)
      ["category_modules"]=>
      NULL
      ["category_models"]=>
      NULL
      ["slug"]=>
      string(13) "internacional"
    }
  }
  ["category"]=>
  array(9) {
    ["id"]=>
    int(428)
    ["name"]=>
    string(13) "Internacional"
    ["description"]=>
    NULL
    ["image"]=>
    NULL
    ["color"]=>
    string(7) "#a80000"
    ["active"]=>
    bool(true)
    ["category_modules"]=>
    NULL
    ["category_models"]=>
    NULL
    ["slug"]=>
    string(13) "internacional"
  }
  ["tags"]=>
  NULL
  ["created_at"]=>
  object(DateTime)#539 (3) {
    ["date"]=>
    string(26) "2021-09-10 15:03:32.000000"
    ["timezone_type"]=>
    int(3)
    ["timezone"]=>
    string(13) "America/Bahia"
  }
  ["updated_at"]=>
  object(DateTime)#546 (3) {
    ["date"]=>
    string(26) "2021-09-10 15:03:32.000000"
    ["timezone_type"]=>
    int(3)
    ["timezone"]=>
    string(13) "America/Bahia"
  }
  ["published_at"]=>
  string(25) "2021-09-10T15:00:00-03:00"
  ["group_permissions"]=>
  array(4) {
    [0]=>
    int(1)
    [1]=>
    int(4)
    [2]=>
    int(2)
    [3]=>
    int(3)
  }
  ["image_path"]=>
  string(22) "politica/fbi11sete.jpg"
}
A chamada “Guerra ao Terror” desencadeada pelos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2201, que deixaram mais de 3 mil mortos em solo estadunidense, resultaram em processos contra mais de 800 pessoas sob a acusação de terrorismo por parte das autoridades, muitos deles marcados por ações policiais ultrajantes e abusos legais. De acordo com reportagem  do The Intercept, “a guerra doméstica contra o terrorismo muitas vezes perseguiu pessoas que não representavam uma ameaça real” e que ainda se encontram presas.  
Um dos casos listados pela reportagem trata da família do imigrante Ferik Duka, falecido em 2018. Os três filhos mais velhos do albanês – Shain, Dritan e Eljvir – foram condenados à prisão perpétua “após uma operação com agentes infiltrados liderada pelo então procurador federal de Nova Jersey, Chris Christie,  e durou mais de um ano, envolvendo vários informantes do governo”. 
“Esse foi apenas um entre muitos casos em que promotores e agentes do FBI – no acalorado contexto pós-11 de setembro – rotularam como inimigos de Estado indivíduos que não representavam qualquer ameaça significativa. Muitos deles, como os irmãos Duka, foram condenados a penas longas ou tiveram suas vidas arruinadas após condenações por apoio material em acusações de terrorismo”, destaca o Intercept.
“‘Não houve ajuste de contas com o legado dessa era’, afirma Ramzi Kassem, professor da Escola de Direito da City University de Nova York e fundador do projeto ‘Creating Law Enforcement Accountability & Responsibility’, voltado à responsabilização das polícias. “As pessoas seguiram avançando em suas carreiras, muitas vezes obtendo ganhos políticos com esses casos. Essa é a história da guerra ao terror, pelo menos dentro do país”, ressalta. 
Ainda segundo Kassem, “é alarmante quando você analisa esses casos e encontra uma sobrerrepresentação de suspeitos com deficiência intelectual, marginalizados ou em situação de vulnerabilidade como alvos de operações com agentes infiltrados. Isso gera questionamentos sobre a realidade da ameaça terrorista retratada pelo FBI”. 
A reportagem observa, ainda, que “o uso ostensivo de agentes infiltrados foi uma das táticas mais controversas usadas pelo FBI e por promotores em casos de contraterrorismo doméstico. Segundo estimativas, o FBI empregou mais de 15 mil informantes nos EUA. Muitos deles participavam das chamadas ‘expedições de pescaria’, infiltrando-se em comunidades mesmo sem haver notícia de qualquer trama criminosa”.
O Intercept também ressalta que “apesar das mudanças voltadas a aperfeiçoar práticas judiciais e policiais, casos questionáveis de terrorismo continuaram a resultar em processos nos EUA, inclusive em nível estadual. Embora o governo tenha mudado sua abordagem – de modo hesitante e reativo –, ainda se faz necessário revisar centenas de situações em que pessoas foram presas em casos inventados de terrorismo”.