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A solenidade de instalação da Constituinte, presidida pela relatora do Tribunal de Justiça Eleitoral, Carmen Gloria Valladares, teve de ser interrompida por mais de uma hora durante a tarde e só foi retomada depois dela garantir que "não havia repressão, nem detidos ou feridos" do lado de fora do recinto.
Valladares suspendeu temporariamente a sessão depois que uma parcela dos membros eleitos para redigir a nova Carta deixaram a sala para exigir a retirada das forças especiais de segurança que patrulhavam o centro da cidade. Eles tinham sido informados da existência de incidentes entre policiais e civis que tentaram romper o cordão de segurança instalado nos jardins do antigo Congresso. Afirmando que todos queriam viver o momento de instalação da Constituinte como "uma festa democrática", Valladares suspendeu os trabalhos.
Com cerca de três horas de atraso, a relatora do Tribunal de Justiça Eleitoral deu posse aos 155 integrantes, eleitos em maio passado. Eles têm a missão de redigir uma nova Carta Magna que irá substituir a Constituição elaborada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), em vigor desde 1981.
As 77 mulheres e 78 homens que formam a assembleia, incluindo pela primeira vez na história do país 17 representantes indígenas, formam um plenário heterogêneo. Cerca de 40% dos integrantes são cidadãos independentes, sem filiação partidária, mas de orientação política de esquerda.
A direita enfrentou unida a votação realizada em 15 e 16 de maio, mas só conseguiu 37 (24%) das 155 vagas, bem longe das 52 necessárias para influenciar no processo. As forças da esquerda tradicional conquistaram 53 cadeiras. O fato de que nenhum grupo conseguiu um terço dos votos necessários para exercer o poder de veto indica que os constituintes terão de dialogar e construir acordos. As deliberações devem ser aprovadas por maioria de dois terços. Os constituintes terão nove meses – prorrogáveis por mais três – para redigir o novo texto, que será submetido a um plebiscito com voto obrigatório.
Constituinte espelha "Chile real"
Para muitos analistas, esta Constituinte se assemelha ao Chile "real", com militantes ecologistas, líderes comunitários, advogados, professores, jornalistas, economistas e também donas de casa. Cerca de 20 membros eleitos são chilenos que participaram da onda de protestos de outubro de 2019, exigindo maior igualdade de direitos e bem-estar social.
Antes da instalação dos trabalhos, constituintes aimaras e mapuches realizaram cerimônias em Santiago.
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A solenidade de instalação da Constituinte, presidida pela relatora do Tribunal de Justiça Eleitoral, Carmen Gloria Valladares, teve de ser interrompida por mais de uma hora durante a tarde e só foi retomada depois dela garantir que "não havia repressão, nem detidos ou feridos" do lado de fora do recinto.
Valladares suspendeu temporariamente a sessão depois que uma parcela dos membros eleitos para redigir a nova Carta deixaram a sala para exigir a retirada das forças especiais de segurança que patrulhavam o centro da cidade. Eles tinham sido informados da existência de incidentes entre policiais e civis que tentaram romper o cordão de segurança instalado nos jardins do antigo Congresso. Afirmando que todos queriam viver o momento de instalação da Constituinte como "uma festa democrática", Valladares suspendeu os trabalhos.
Com cerca de três horas de atraso, a relatora do Tribunal de Justiça Eleitoral deu posse aos 155 integrantes, eleitos em maio passado. Eles têm a missão de redigir uma nova Carta Magna que irá substituir a Constituição elaborada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), em vigor desde 1981.
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Constituinte espelha "Chile real"
Para muitos analistas, esta Constituinte se assemelha ao Chile "real", com militantes ecologistas, líderes comunitários, advogados, professores, jornalistas, economistas e também donas de casa. Cerca de 20 membros eleitos são chilenos que participaram da onda de protestos de outubro de 2019, exigindo maior igualdade de direitos e bem-estar social.
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