As autoridades gregas tiveram nesta madrugada que ordenar a evacuação de mais de cinco localidades, incluindo dois hospitais, nos arredores de Atenas, por causa de 40 incêndios que começaram no domingo (11) e se aproxima da capital. "As forças de proteção civil travaram uma batalha durante toda a noite e, apesar dos esforços sobre-humanos, o fogo continua a se espalhar muito rapidamente e se dirige para Penteli, a nordeste da capital", disse o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis.
 
Mais de 11 mil pessoas foram aconselhadas a abandonar sete localidades além da cidade de Maratona, sendo encaminhadas para a cidade de Nea Makri. “Um total de 510 bombeiros e 152 veículos precisaram ser mobilizados, e 29 aviões sobrevoaram a área desde o amanhecer”, acrescentou Vathrakogiannis.
 
Também oito pessoas foram hospitalizadas por problemas respiratórios e as  autoridades locais abriram o estádio olímpico OAKA, no norte de Atenas, para acolher as milhares de pessoas deslocadas.
 
Devido aos incêndios o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, interrompeu as suas férias para regressar a capital grega na noite de ontem.
 
O Ministério da Proteção Civil da Grécia já havia alertado que metade do país corria um elevado risco de incêndio até pelo menos o dia 15 de agosto provocados pelas altas temperaturas, rajadas de vento e seca.Temperaturas de 39° graus e ventos superiores a 50 km/h são ainda esperados na região nesta segunda-feira, de acordo com os serviços meteorológicos.
 
 A Grécia foi afetada por duas ondas de calor extremo em junho e julho, com temperaturas superiores a 44°C em algumas regiões, que secaram a vegetação e aumentaram o risco de incêndios florestais. Segundo o Observatório Nacional de Atenas, o país viveu o julho mais quente de 2024 desde que os registros começaram a ser feitos em 1960, com 2,9 graus acima do valor médio registrado no mesmo mês entre 1991 e 2020.