Na cúpula do G7, no Japão, os ministros das Relações Exteriores do grupo pediram nesta quarta-feira (8) uma pausa humanitária em Gaza para facilitar a criação de um corredor seguro que permita a entrada imediata de ajuda. 

Os representantes do grupo das sete principais democracias industriais anunciaram uma posição comum sobre a guerra entre Israel e o Hamas após intensas reuniões em Tóquio. “Os diplomatas condenaram o Hamas, apoiando o direito de Israel à autodefesa e apelando a pausas humanitárias e ações urgentes para acelerar a ajuda aos civis palestinos sitiados na Faixa de Gaza, que necessitam de alimentos, água, cuidados médicos e abrigo. O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Japão e Itália sublinharam que apóiam as pausas humanitárias para facilitar a assistência urgentemente necessária, a circulação de civis e a libertação de reféns”, diz o comunicado.

Os ministros também se comprometeram a fazer o possível para evitar o agravamento e expansão do conflito entre israelitas e palestinos. A representante japonesa, Yoko Kamikawa, disse que o G7 condena ainda os ataques terroristas do Hamas e de outros grupos.  Kamikawa declarou que os chefes da diplomacia do G7 pedem a libertação imediata dos reféns em poder do Hamas assim como respeito pela lei internacional e o envolvimento na procura de uma solução duradoura e estável em Gaza.

Ao final do encontro em Tóquio, Blinken disse que Gaza não pode ser controlada por Israel, mas que talvez haja necessidade de um período de transição a seguir ao fim do conflito. “Gaza não pode continuar a ser governada pelo Hamas. Isso, simplesmente seria um convite à repetição do dia 7 de outubro. É também claro que Israel não pode ocupar Gaza”, indicou. 

Enquanto isso, a Organização das Nações Unidas afirmou que milhares de palestinos estavam  fugindo a pé para sul de Gaza, apenas com o que podem transportar, apos terem ficado sem comida e água no norte do enclave.