Cotado para assumir o Departamento de Estado norte-americano no governo de Donald Trump (Partido Republicano), o senador da Flórida Marco Rubio criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atacou o Supremo Tribunal Federal  brasileiro e repetiu a narrativa adotada pelo bolsonarismo no sentido de fazer acusações sem provas contra uma suposta censura do Judiciário. Os relatos foram publicados nesta quarta-feira (13) pela coluna de Jamil Chade.

Em 2019, primeiro ano do governo bolsonarista, o parlamentar disse que tinha acontecido "um afastamento dramático dos governos esquerdistas e antiamericanos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff”. Em 2024, num outro ataque ao petista, o senador afirmou que "o banimento do X no Brasil, sob a administração Lula, levanta sérias preocupações sobre a liberdade de expressão e o alcance do Judiciário".

O parlamentar divulgou um comunicado e afirmou que o Brasil deveria "retificar" sua postura em relação à plataforma. "Há algum tempo, tenho ouvido falar da campanha de censura governamental em andamento no Brasil. A recente decisão de proibir o X é a mais recente manobra do juiz Alexandre de Moraes para minar as liberdades básicas", criticou.

"Desde multar indivíduos e entidades privadas que buscam informações sobre o X até impor censura legal, o povo brasileiro está enfrentando sérias repressões pelo simples fato de se envolver em uma plataforma de mídia social. Para o bem das liberdades básicas e de nosso relacionamento bilateral, o Brasil deve retificar essa medida autoritária", disse Rubio.

Política externa

Em maio de 2023, Rubio criticou a política externa brasileira com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Na avaliação feita pelo senador, Lula era o "mais recente líder de extrema esquerda" a negar violações constitucionais de Caracas, capital venezuelana. O possível secretário de Estado também fez críticas à política externa do Brasil com a China.47

 

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