SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pelo quarto fim de semana consecutivo, manifestantes contrários às medidas de segurança para prevenir uma nova onda Covid-19 fizeram protestos na França. Cerca de 230 mil pessoas estiveram presentes, o maior número desde o mês passado, de acordo com o governo.

No sábado (7), foram convocados atos em mais de 150 cidades, entre elas Lyon, no leste do país, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que arremessaram objetos contra os cordões de segurança.


Nos protestos, também vistos nas ruas de Paris, Nice e Montpellier, se viam placas com as inscrições "Não à ditadura" e gritos de "Macron, não queremos seu passe sanitário". Os eventos reuniram um público diverso: militantes de extrema esquerda e de direita, membros dos coletes amarelos e outros cidadãos que consideram o passe de saúde discriminatório.


A França tornou obrigatória a vacinação para profissionais de saúde e os que se recusarem terão o salário suspenso. Além disso, também passou a exigir um certificado de saúde (vacinação completa ou teste negativo) para quem quiser frequentar bares, restaurantes e outros espaços públicos.


As taxas de imunização cresceram desde que o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou seu plano de exigir o passe sanitário no mês passado. Cerca de dois terços de toda a população francesa recebeu uma dose e 55% está totalmente vacinada contra a Covid.


Dados do Ministério da Saúde francês mostram que nove em cada dez pacientes internados na UTI devido à Covid no fim de julho não haviam sido vacinados. Sistemas semelhantes de passes foram adotados em outros países da Europa.