O exército de Israel anunciou nesta quarta ataques aéreos contra Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, onde está localizada uma "zona humanitária." Segundo a mídia palestina, os bombardeios resultaram em mortes.

Em comunicado, Israel afirmou que realizou bombardeios precisos visando membros do Hamas, grupo classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, acusados de "atividades terroristas na zona humanitária" de Khan Younis. As Forças de Defesa de Israel também denunciaram o uso sistemático de áreas civis e espaços humanitários por organizações terroristas na região.

A agência palestina Wafa relatou que os ataques causaram diversas mortes e feridos entre deslocados que estavam em tendas na região noroeste de Khan Younis. Além disso, outros cidadãos teriam morrido em um bombardeio a uma residência na área de Sheikh Nasser, também em Khan Younis. A agência informou ainda que o exército israelense atingiu uma área de deslocados em Deir al-Balah, no centro de Gaza.

Esses ataques ocorrem após autoridades de saúde de Gaza afirmarem que o número de mortes desde o início da ofensiva israelense, em outubro passado, ultrapassou 43 mil. Este número não inclui as mais de cem mortes causadas por ataques no norte de Gaza na última terça-feira.

Israel iniciou esta guerra em 7 de outubro de 2023 com o objetivo declarado de eliminar o Hamas, após um ataque do grupo a território israelense, que resultou em cerca de 1.200 mortes, em sua maioria civis. Nessa ocasião, o Hamas também capturou 251 reféns.

A guerra intensificou a crise humanitária em Gaza, onde cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes foram forçados a abandonar suas casas, muitos repetidas vezes, buscando refúgio em acampamentos superlotados e sem acesso adequado a itens básicos como água e assistência médica. Mais de 1,1 milhão de pessoas em Gaza enfrentam uma "situação de fome catastrófica," segundo a ONU, resultando no maior número de vítimas já registrado em estudos de segurança alimentar.