As autoridades ambientais na Pensilvânia decidiram pedir ajuda a várias agências governamentais dos EUA para lidar com uma fuga em massa: cerca de 8 mil visons escaparam de uma fazenda no estado norte-americano, após um "autor desconhecido" ter criado um buraco na rede que os mantinha em cativeiro.

O incidente ocorreu no domingo de madrugada numa fazenda em Rockefeller Township, segundo revelou a policia estatal da Pensilvânia. Entre 6 mil a 8 mil visons escaparam, sendo que, até terça-feira, a maioria dos animais tinham sido recuperados por não terem fugido para longe do perímetro da quinta.

Ainda assim, segundo o The Guardian, o governo local mobilizou a polícia, a proteção civil, além do staff da fazenda, e criou uma linha de emergência para que a população pudesse ligar caso avistasse um destes pequenos mamíferos carnívoros, vivo ou morto.

"Os visons vivos podem ser perigosos e morder os residentes. As autoridades pedem que os habitantes não se aproximem ou tentem pegar os visons sem uma armadilha segura e apropriada", avisou uma senadora local.

Estes animais ficaram com uma reputação manchada durante a pandemia, depois de alguns estudos que apontavam para uma possível propagação da Covid-19 e de outras doenças. Na Dinamarca, cerca de 17 milhões de visons foram abatidos.

Os visons são criados em cativeiro devido ao seu pêlo, que é depois utilizado na indústria têxtil. Várias organizações ambientais, como a PETA, alertam constantemente para as condições miseráveis em que vivem os animais, com uma nota no seu site dizendo que são muitas vezes mantidos em locais "sujos e assustadores, presos durante toda a sua vida", algo que pode causar automutilação e até canibalismo.

Desconhecem-se os motivos que levaram à libertação dos animais na Pensilvânia, mas a autoridade que regula a indústria do pêlo nos EUA, a Fur Comission USA, alertou que a ação deverá ter efeitos contraproducentes. "Este ato não é só contra a fazenda, mas sim um golpe para toda a comunidade rural e o ecossistema à volta. A fazenda é legal, as operações obedecem às mais apertadas regras de cuidado animal. Infelizmente, a maioria dos animais vai morrer de fome ou serão atropelados por carros", lamentou o regulador.