A extrema direita alemã se mostrou como a grande vencedora das eleições europeias neste domingo (9). A Alternativa para a Alemanha (AfD), segundo partido mais votado no país, superou adversários tradicionais e, apesar de envolver-se em escândalos recentes por declarações extremistas de seus candidatos, consolidou-se como uma força política significativa na região, destaca o jornal O Globo.

Com um total parcial entre 16% e 16,5% dos votos, segundo pesquisas de boca de urna, a AfD está projetada para conquistar 17 cadeiras no Parlamento Europeu. Este resultado representa um avanço significativo para o partido, que atualmente possui 11 assentos na legislatura europeia.

Enquanto isso, os Sociais Democratas (SPD), do primeiro-ministro Olaf Scholz, enfrentaram uma grande derrota, terminando a disputa com apenas 14% dos votos, em terceiro lugar, e devendo conquistar 14 cadeiras, duas a menos do que em 2019. Os conservadores (CDU e CSU) ficaram em primeiro lugar, com entre 29,5% e 30% dos votos.

Ainda de acordo com a reportagem, o desafio iminente para a AfD será articular novas alianças no Parlamento Europeu para garantir sua influência política, após romper recentemente com a coalizão mais conservadora da Europa, liderada pela francesa Marine Le Pen.

Os resultados das eleições europeias deverão redefinir o mapa político da União Europeia nos próximos cinco anos, enquanto o bloco enfrenta desafios como a guerra na Ucrânia e negociações comerciais. Com a ascensão da extrema direita em diversos países, incluindo Hungria, Eslováquia e Itália, a AfD representa um elemento-chave na política europeia em ascensão.

Brasil247