Weah, de 51 anos e considerado o melhor jogador africano da história, jurou seu cargo perante cerca de 35 mil pessoas, entre elas vários presidentes do continente.

Por G1

Oex-jogador George Weah tomou posse nesta segunda-feira (22) como presidente da Libéria, substituindo a vencedora do Nobel da Paz, Ellen Johnson-Sirleaf, a primeira mulher a ser eleita chefe de Estado de uma nação africana, no que representa a primeira transferência de poderes entre dois presidentes eleitos democraticamente no país em 74 anos.

Weah, de 51 anos e considerado o melhor jogador africano da história, jurou seu cargo perante cerca de 35 mil pessoas, entre elas vários presidentes do continente, no estádio Samuel Kanyon Doe, situado nos arredores da capital Monróvia.

Como jogador, Weah foi o único africano a vencer o prêmio da Fifa de melhor do mundo e a Bola de Ouro, tendo atuado por clubes como o Monaco, o Paris Saint Germain e o Milan - no qual viveu o auge de sua carreira, entre 1995 e 2000.

Ele atuou como senador para o opositor Congresso por Mudança Democrática desde 2015, após voltar ao país depois de uma carreira internacional no futebol e adentrar na política. Como novato político em 2005, Weah perdeu para Johnson Sirleaf na eleição presidencial.

“Rei George”, como os apoiadores de Weah lhe chamam, é amplamente popular entre os jovens, especialmente nas áreas mais pobres às margens da capital, Monróvia. Muitos deles sentem que não foram beneficiados da recuperação pós-guerra da Libéria, um sentimento que tem contado contra Boakai.

Junto a ele, tomou posse como vice-presidente Jewel Howard-Taylor, sobre quem os analistas colocaram dúvidas durante a campanha por ser ex-mulher do ex-presidente Charles Taylor, que cumpre 50 anos de condenação em uma prisão britânica pelo seu papel durante a guerra civil de Serra Leoa.