A delegação de mediadores dos Estados Unidos trabalha em uma proposta para pôr fim às hostilidades entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, começando com um cessar-fogo de 60 dias.
 
Segundo fontes sob anonimato, as conversações entre as partes buscam que este período de dois meses seria aplicado para finalizar a implementação total da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, adotada em 2006 para manter o sul do Líbano livre de armas fora do controle do Estado.
 
De acordo com a mídia israelense, o conselheiro do presidente norte-americano para o Oriente Médio, Brett McGurk, e Amos Hochstein, enviado especial dos EUA, também devem se reunir com primeiro-ministro de Israel e outras autoridades do seu governo para discutir as condições para um possível cessar-fogo com o Hezbollah.

O ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, membro do gabinete de segurança, ainda acrescentou que estavam em curso discussões dentro do gabinete sobre os termos da trégua com o Hezbollah no sul do Líbano. 
 
 Já o site Axios avançou na terça-feira (29) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, iria realizar uma reunião com seu gabinete e os chefes das forças armadas para estudar uma solução diplomática para a guerra no Líbano. 

Cidade histórica libanesa é alvo de ataques
Enquanto isso, os moradores de Baalbek, principal cidade oriental no leste do Líbano e Patrimônio Mundial da UNESCO, receberam hoje ordens pela primeira vez do exército israelense de evacuação.
 
 O governador local, Bachir Khodr, disse que após a retirada às pressas dos habitantes já estavam sendo realizados ataques intensos à Baalbek e aos seus arredores.
 
As principais estradas que saem da cidade ficaram congestionadas com veículos enquanto os civis fugiam em pânico, relatou um correspondente da agência France-Press (AFP).
 
Baalbek é considerada Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1984 e abriga um antigo complexo de templos romanos de três mil anos.