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string(74) "EUA alertam possível intensificação de ataques russos contra a Ucrânia"
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string(6148) "O governo dos Estados Unidos alertou nesta terça-feira (23) que a Rússia pode intensificar "nos próximos dias" os ataques contra a Ucrânia, na véspera do aniversário de seis meses de um conflito sem conclusão à vista e que provoca o temor de uma severa crise energética internacional.
"O Departamento de Estado dispõe de informações segundo as quais a Rússia intensifica seus esforços para executar ataques contra infraestrutura civil e instalações governamentais na Ucrânia nos próximos dias", afirmou a embaixada americana na Ucrânia em seu site.
Washington pede aos cidadãos americanos que "saiam da Ucrânia pelos "meios de transporte terrestre privados disponíveis".
A advertência foi divulgada um dia antes do Dia da Independência da Ucrânia, que este ano coincide com os seis meses do início da invasão russa.
Nos últimos dias, as autoridades ucranianas já haviam alertado para a possibilidade de novos ataques russos.
Na terça-feira, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reconheceu que a "cada dia" existe uma ameaça de novos bombardeios contra a capital Kiev e disse que, em caso de ataques, haverá uma "resposta forte".
Após o recuo das forças russas dos arredores de Kiev no fim de março, os principais combates se concentram no leste da Ucrânia, onde Moscou avançou de maneira lenta até chegar a uma fase de estagnação, e no sul, onde as tropas ucranianas anunciaram uma lenta contraofensiva.
Infraestruturas e edifícios governamentais
"Sabemos que eles têm como alvo principal as infraestruturas ou os edifícios governamentais, mas nada mudou fundamentalmente desde 24 de fevereiro", afirmou Zelensky.
"Isto é o que a Rússia faz o tempo todo", acrescentou.
A Rússia continua atacando de maneira frequente as cidades ucranianas com mísseis de longo alcance, mas raramente atinge Kiev e seus arredores.
A capital ucraniana recebe nesta terça-feira a visita do presidente da Polônia, Andrzej Duda, que pretende reafirmar o apoio ao país diante da invasão de Moscou.
A Polônia é um dos apoios mais incondicionais da Ucrânia na União Europeia (UE) e um dos maiores críticos da Rússia, ao contrário da Alemanha e França, criticados por suas posições às vezes moderadas.
Mas o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira que o apoio da UE à Ucrânia na luta contra a invasão russa continuará "a longo prazo".
"Nossa determinação não mudou e estamos dispostos a manter o esforço a longo prazo", disse em um discurso exibido por vídeo aos participantes na conferência da Plataforma da Crimeia em Kiev.
"Esta desestabilização da ordem internacional e as perturbações que aconteceram depois, a nível humanitário, em termos de energia e alimentos, são as consequências da escolha feita pela Rússia, e apenas pela Rússia, de atacar a Ucrânia em 24 de fevereiro", acrescentou.
"Contra isto não pode haver nenhuma fraqueza, nenhum espírito de compromisso. Trata-se da nossa liberdade, de todos, e da paz em todo o mundo", concluiu o francês.
"Morreu no front"
O conflito atingiu com força o mercado de energia mundial e gera o temor de um inverno difícil na Europa pela escassez de gás procedente da Rússia, que provocou a disparada dos preços.
Mas a guerra também provocou as mortes de milhares de civis e soldados. O comandante do exército ucraniano, general Valery Zaluzhny, admitiu que quase 9.000 militares morreram desde o início da invasão em 24 de fevereiro.
O exército ucraniano também se prepara para uma guerra longa.
O conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, afirmou à AFP que Moscou, apesar dos pedidos para que Kiev negocie, queria na realidade obter "uma pausa operacional para seu exército" antes de iniciar uma nova ofensiva.
A tensão entre os países aumentou nos últimos dias após a morte de Daria Dugina no sábado em uma explosão na Rússia.
Centenas de pessoas compareceram nesta terça-feira em Moscou a seu funeral. Dugina, jornalista e cientista política de 29 anos, era filha de Alexander Dugin, um ideólogo considerado próximo ao Kremlin que apoia a ofensiva russa na Ucrânia.
"Ela morreu pelo povo, pela Rússia, no front. O front é aqui", afirmou Dugin.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou que não haverá nenhuma piedade para os assassinos de Dugina.
A Rússia acusou os serviços de inteligência ucranianos pelo ataque contra o carro de Dugina, mas Kiev negou qualquer envolvimento.
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Washington pede aos cidadãos americanos que "saiam da Ucrânia pelos "meios de transporte terrestre privados disponíveis".
A advertência foi divulgada um dia antes do Dia da Independência da Ucrânia, que este ano coincide com os seis meses do início da invasão russa.
Nos últimos dias, as autoridades ucranianas já haviam alertado para a possibilidade de novos ataques russos.
Na terça-feira, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reconheceu que a "cada dia" existe uma ameaça de novos bombardeios contra a capital Kiev e disse que, em caso de ataques, haverá uma "resposta forte".
Após o recuo das forças russas dos arredores de Kiev no fim de março, os principais combates se concentram no leste da Ucrânia, onde Moscou avançou de maneira lenta até chegar a uma fase de estagnação, e no sul, onde as tropas ucranianas anunciaram uma lenta contraofensiva.
Infraestruturas e edifícios governamentais
"Sabemos que eles têm como alvo principal as infraestruturas ou os edifícios governamentais, mas nada mudou fundamentalmente desde 24 de fevereiro", afirmou Zelensky.
"Isto é o que a Rússia faz o tempo todo", acrescentou.
A Rússia continua atacando de maneira frequente as cidades ucranianas com mísseis de longo alcance, mas raramente atinge Kiev e seus arredores.
A capital ucraniana recebe nesta terça-feira a visita do presidente da Polônia, Andrzej Duda, que pretende reafirmar o apoio ao país diante da invasão de Moscou.
A Polônia é um dos apoios mais incondicionais da Ucrânia na União Europeia (UE) e um dos maiores críticos da Rússia, ao contrário da Alemanha e França, criticados por suas posições às vezes moderadas.
Mas o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira que o apoio da UE à Ucrânia na luta contra a invasão russa continuará "a longo prazo".
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"Esta desestabilização da ordem internacional e as perturbações que aconteceram depois, a nível humanitário, em termos de energia e alimentos, são as consequências da escolha feita pela Rússia, e apenas pela Rússia, de atacar a Ucrânia em 24 de fevereiro", acrescentou.
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O conflito atingiu com força o mercado de energia mundial e gera o temor de um inverno difícil na Europa pela escassez de gás procedente da Rússia, que provocou a disparada dos preços.
Mas a guerra também provocou as mortes de milhares de civis e soldados. O comandante do exército ucraniano, general Valery Zaluzhny, admitiu que quase 9.000 militares morreram desde o início da invasão em 24 de fevereiro.
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O conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, afirmou à AFP que Moscou, apesar dos pedidos para que Kiev negocie, queria na realidade obter "uma pausa operacional para seu exército" antes de iniciar uma nova ofensiva.
A tensão entre os países aumentou nos últimos dias após a morte de Daria Dugina no sábado em uma explosão na Rússia.
Centenas de pessoas compareceram nesta terça-feira em Moscou a seu funeral. Dugina, jornalista e cientista política de 29 anos, era filha de Alexander Dugin, um ideólogo considerado próximo ao Kremlin que apoia a ofensiva russa na Ucrânia.
"Ela morreu pelo povo, pela Rússia, no front. O front é aqui", afirmou Dugin.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou que não haverá nenhuma piedade para os assassinos de Dugina.
A Rússia acusou os serviços de inteligência ucranianos pelo ataque contra o carro de Dugina, mas Kiev negou qualquer envolvimento.