REUNIÃO

Na primeira cúpula bilateral entre Espanha e a Palestina, o governo espanhol anunciou que irá desbloquear cerca de 75 milhões de euros nos próximos dois anos em ajudas à Palestina, que Madrid reconheceu oficialmente como Estado em maio passado.
 
O compromisso foi assumido hoje pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Mustafa, que aconteceu hoje na capital espanhola.
 
Sánchez definiu a cúpula como um símbolo do "compromisso que Espanha tem com o presente e o futuro da Palestina. "Este encontro se destina a contribuir para a projeção internacional do Estado palestino e a incentivar outros países a seguirem o exemplo da Espanha", diz o comunicado do governo espanhol, que defende ser preciso passar das palavras aos atos e avançar no processo de implementação da solução dos dois Estados (Palestina e Israel) no Oriente Médio.
 
O primeiro-ministro da Espanha também destacou que este compromisso do seu país vai para além das relações bilaterais e assegurou que no último ano, desde os ataques do Hamas e da resposta militar de Israel em Gaza, tem trabalhado para encontrar uma solução política com o objetivo de oferecer um horizonte de paz e de prosperidade na região.

A Espanha e a Palestina assinaram uma declaração conjunta em que reafirmam a sua parceria pela paz e a promoção da prosperidade, além de quatro memorandos de entendimento nas áreas do trabalho, educação, juventude e agricultura.

O valor destinado a Palestina pelo governo espanhol requer o pleno compromisso palestino com uma agenda de reformas internas.
 
"A reunião intergovernamental entre Espanha e Palestina se fez em pé de igualdade, para promover a prosperidade e o desenvolvimento das duas partes. A Espanha continuará a trabalhar para encontrar uma solução política para o conflito no Oriente Médio", acrescentou Sánchez.
 
A Espanha reconheceu formalmente a Palestina como Estado em 28 de maio, no mesmo dia em que também a Noruega e a Irlanda avançaram com a mesma decisão, o que gerou críticas por parte de Israel.